O governador Mauro Mendes (UB) criticou uma suposta pressão feita pelo presidente da França, Emmanuel Macron, ao presidente Lula (PT) no endurecimento nas leis ambientais brasileiras. À imprensa, nesta quarta-feira (27), Mendes declarou que os franceses não têm "moral" para falar da produção agrícola do país, principalmente a de Mato Grosso, uma vez que não preservam o território europeu.
Macron desembarcou na terça-feira (26) em Belém, no Pará, onde foi recebido por Lula para tratar sobre temas como meio ambiente, reforma dos organismos multilaterais, além de assuntos sobre questões climáticas e ambientais. A visita também serve para debater as negociações em torno do acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia.
"O mundo conhece, todos nós conhecemos, os problemas que a França enfrenta com relação à produção de alimentos lá. É uma agricultura obsoleta, ineficiente, de baixa escala, e que não consegue competir com a América Latina e principalmente com o Brasil. E a única forma que eles têm encontrado para estabelecer uma reserva de mercado é transvestir as barreiras comerciais de barreiras ambientais", explicou o governador.
Caso o acordo não seja concretizado, o Brasil e, principalmente, o setor do agronegócio podem perder a possibilidade de diversificar os seus parceiros comerciais. Além disso, Mendes vê que a "pressão" feita pelo presidente francês para preservar a Amazônia é 'imoral', uma vez que as autoridades não conseguem sequer preservar os biomas de lá.
"Mas o mundo não é bobo, ninguém é bobo e muitos países na Europa já perceberam isso. Então, eles não têm moral, não para falar do Brasil quando o nosso nível de preservação ambiental é altamente superior ao que eles fazem lá. Façam, no mínimo, a metade do que estamos fazendo para poder nos criticar", propôs o gestor.
CACIQUE RAONI
O governador também comentou sobre a fala do cacique Raoni Metuktire, líder do povo kayapó, que foi condecorado com a ordem do cavaleiro da Legião de Honra da França. Em seu discurso, o líder indigena pediu que o governo federal bloqueie o projeto de construção da Ferrovia Ferrogrão que ligará Sinop (478 km de Cuiabá) ao porto paraense de Miritituba.
"Com todo o respeito ao meu amigo Raoni, mas ele deve estar repetindo uma fala do Macron porque aos franceses interessa muito que nós continuemos aqui a transportar toda a nossa soja pelo modelo mais ineficiente no mundo que é o rodoviário. Estamos no Brasil para atender os interesses franceses ou os nossos? A resposta é óbvia", afirmou Mendes.
A obra, possui 933 quilômetros de extensão, o projeto custa R$ 12 bilhões, e cruzaria áreas de preservação permanente e terras indígenas, onde vivem aproximadamente 2,6 mil pessoas.
Zé Lauro
Quarta-Feira, 27 de Março de 2024, 21h31JP
Quarta-Feira, 27 de Março de 2024, 19h04Afonsão
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Quarta-Feira, 27 de Março de 2024, 15h47Nagib Bukelle
Quarta-Feira, 27 de Março de 2024, 15h45João Nunes
Quarta-Feira, 27 de Março de 2024, 15h41Eduardo S.
Quarta-Feira, 27 de Março de 2024, 15h33MARIA TAQUARA
Quarta-Feira, 27 de Março de 2024, 15h21