Golpista de MT viola tornozeleira e ministro decidirá sobre nova prisão

 

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, deu 5 dias para a defesa de Joander Paulo Alves de Oliveira explicar o suposto descumprimento do uso da tornozeleira eletrônica. Ele é um dos “fãs” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que teria depredado a Praça dos Três Poderes em Brasília (DF), no dia 8 de janeiro de 2023.

Em despacho da última sexta-feira (14) o ministro relatou que Joander foi beneficiado com a liberdade provisória no dia anterior, 13 de março, mediante o cumprimento de outras medidas cautelares sem uso de tornozeleira - que vinha utilizando. Conforme os autos, entretanto, a Secretaria de Estado de Justiça de Mato Grosso informou o descumprimento do uso de tornozeleira quando Joander utilizava o dispositivo, no início do mês de fevereiro de 2025.

O juízo da comarca de Brasnorte (560 Km de Cuiabá), que acompanha o cumprimento das medidas cautelares contra Joander, também informou uma interrupção no monitoramento eletrônico ocorrida no mês de junho de 2024.

Diante das suspeitas, o ministro Alexandre de Moraes requereu informações à defesa de Joander sob pena de determinar novamente sua prisão.

“Intimem-se os advogados regularmente constituídos por Joander Paulo Alves de Oliveira para prestarem esclarecimentos sobre os descumprimentos das medidas cautelares impostas, sob pena de decretação imediata da prisão, no prazo máximo de 5 dias”, determinou o magistrado.

Joander é um dos que foram “seduzidos” por Bolsonaro e esteve na Praça dos Três Poderes no dia 8 de janeiro de 2023 fazendo “traquinagens” com o patrimônio público. A destruição de parte das sedes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário federais custou R$ 24 milhões para o bolso dos brasileiros.

Bolsonaro assistiu pela TV o "estouro" de seu rebanho enquanto estava em Miami, nos Estados Unidos - para onde fugiu com medo de ser preso em razão de sua derrota nas eleições de 2022. 

Nesta terça-feira (18) o deputado federal, filho do ex-presidente, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) postou um vídeo dizendo que se "licenciaria" do mandato e sairia do Brasil por medo de ser preso. Nem ele, ou o pai, conhecem Joander Paulo Alves de Oliveira.