Um impasse entre empreiteiras e bancos tem atrasado a construção de 3,8 mil casas populares em Mato Grosso, do programa Minha Casa Minha Vida 2. Os bancos alegam haver problema na documentação entregue pelos empreiteiros e, enquanto isso, as obras seguem paradas. 

Prefeitos do Vale do Araguaia cobraram nesta semana do governo explicações sobre o problema, tendo em vista que as unidades habitacionais já deveriam ter sido entregues. 

Conforme o superintendente estadual de projetos habitacionais, Aislan Galvão, o repasse já deveria ter sido feito pelas instituições financeiras às empreiteiras.

Ele garante que o governo tem cumprido com a contrapartida ao programa, mas diz que os recursos não são suficientes para manter as obras no ritmo necessário. Sendo assim, as empresas ficaram sem fluxo de caixa para continuar o trabalho. 

Galvão informa ainda que algumas construtoras estão com pendências na medição e na liberação de alvarás. No entanto, mesmo as que estão com tudo em dia, estão sem receber os repasses. 

A Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil alegam falta de documentação para dar prosseguimento à liberação do recurso. Já as construtoras pontuam que só continuam as obras mediante o pagamento. 

O Presidente da Associação dos Municípios do Norte Araguaia (AMNA), Gaspar Domingos Lazari (PSD), ressalta que já realizou audiência com as construtoras e que alguns casos são preocupantes, já que parte das obras ainda não começaram e a entrega deveria ser já em abril. 

Prefeito de Confresa, ele cobra do governo uma solução urgente para a questão. Diz já ter iniciado conversas com o departamento responsável pela intermediação entre instituições financeiras e construtoras para isso.