Política Quinta-Feira, 31 de Julho de 2025, 16h:25 | Atualizado:

Quinta-Feira, 31 de Julho de 2025, 16h:25 | Atualizado:

ARCA DE NOÉ

Justiça condena ex-presidente da AL em R$ 3,7 milhões por fraude com hotel

Valores foram desviados em esquema de fraudes com cheques da AL-MT

LEONARDO HEITOR
Da Redação

Compartilhar

WhatsApp Facebook google plus

brunomarques-bosaipo.jpg

 

O juiz Bruno D’Oliveira Marques, da Vara Especializada em Ações Coletivas de Cuiabá, condenou o ex-presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Humberto Melo Bosaipo, além do ex-servidor Guilherme da Costa Garcia, a ressarcir R$ 3,7 milhões aos cofres públicos. A sentença é referente a um esquema de fraude que utilizou cheques pagos a um hotel para desviar recursos públicos entre 1999 e 2007.

A ação tinha como réus os ex-presidentes da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), José Geraldo Riva e Humberto Melo Bosaipo, além dos ex-servidores do parlamento estadual, Guilherme da Costa Garcia, Geraldo Lauro e Nivaldo de Araújo. Eles eram suspeitos de participarem de um esquema que supostamente desviou R$ 3.769.545,92 dos cofres públicos da Casa.

As investigações foram iniciadas após a deflagração da Operação Arca de Noé, em dezembro de 2002, que revelou a movimentação de mais de R$ 65 milhões provenientes da ALMT através da empresa Confiança Factoring, do ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro. Para operacionalizar o esquema, foram utilizados 67 cheques nominais à empresa J. R. de Paula Hotel ME, que totalizaram os R$ 3,7 milhões.

O hotel, no entanto, nunca funcionou no endereço indicado em seu contrato social, ficando constatada, ainda, a ausência de qualquer registro da empresa, além do não recolhimentos de impostos no sistema da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), bem como de qualquer inscrição cadastral perante a Secretaria de Finanças do Município de Cuiabá.

O suposto proprietário do hotel, identificado como sendo Jonas Rodrigues de Paula, afirmou jamais ter participado de qualquer procedimento licitatório visando à contratação com a ALMT, relatando ainda sequer saber como funciona este tipo de certame. As assinaturas contidas na documentação apresentada ao parlamento, inclusive, não eram as mesmas das do empresário.

A investigação apontou que a efetivação dos pagamentos irregulares somente foi possível mediante a participação dos servidores públicos Guilherme da Costa Garcia e Luiz Eugênio de Godoy, bem como de Geraldo Lauro e Nivaldo de Araújo, que, à época, exerciam funções estratégicas nos setores de finanças, licitação e patrimônio da Assembleia Legislativa.

Em seu acordo de colaboração premiada, Riva confirmou a existência do esquema e detalhou como as empresas fictícias eram utilizadas para movimentar dinheiro público, beneficiando parlamentares e terceiros. O gerente da Confiança Factoring, Nilson Teixeira, afirmou que os cheques eram entregues pessoalmente por servidores da Assembleia e que os valores desviados eram usados para pagar despesas pessoais e de campanhas eleitorais dos deputados envolvidos.

Diante dos fatos, o juiz concluiu que houve dolo dos envolvidos e reconheceu a prática de atos de improbidade administrativa, condenando a dupla a ressarcir integralmente os valores desviados, totalizando R$ 3.769.545,92. Riva e Geraldo Lauro, que firmou um acordo de não persecução cível, ficaram de fora da sentença.

“Ante todo o exposto, julgo procedentes os pedidos formulados na presente Ação Civil Pública, razão pela qual condeno os réus Humberto Melo Bosaipo e Guilherme da Costa Garcia, solidariamente, ao ressarcimento do dano no valor de R$ 1.035.180,00. Ademais, condeno o requerido Humberto Melo Bosaipo ao pagamento do valor remanescente de R$ 1.160.358,75”, diz a decisão.





Postar um novo comentário





Comentários (4)

  • 13/07

    Quinta-Feira, 31 de Julho de 2025, 20h56
  • Olha, esses processos contra o jose ladrão Riva e Humberto ladrão Bosaipo, já se arrasta por mais de vinte anos. Essa dupla de bandidos, ladrões e assaltantes, passaram mais de vinte anos roubando e assaltando os cofres públicos. E para não perder o poder de roubar e assaltar os cofres públicos, elegeram os seus filhotes de carniceiros (Janaína Riva e Bosaipo junior). E o pior, montaram uma quadrilha familiar composta por José Riva Janaína Riva Janete Riva João Emanuel Welenthon Fagundes, os dois Bosaipos etc). E o pior de tudo, essa quadrilha são bolsicopatas, golpistas, ladrões, bandidos e FDP. São tantos os processos dessa quadrilha, que já encheu o saco. Eles continuam milionários, não ficam presos, não devolvem o dinheiro, não conseguem confiscar os seus bens etc.Tudo isso, porque já pulverizou o dinheiro em nome de familiares e dos seus laranjas. E mais, não demora muito, vai aparecer um juiz ou desembargador que vendem sentenças e hábeas corpus. E é assim que funciona. O sistema é esse.
    1
    0



  • Pagador de Impostos

    Quinta-Feira, 31 de Julho de 2025, 17h35
  • Será que essa QUADRILHA era tão organizada que ninguém viu? Estranho né! Quero ser MICO DE CIRCO, se essa QUADRILHA devolverá UM CENTAVO.Vou pagar pra ver!
    2
    0



  • Rico

    Quinta-Feira, 31 de Julho de 2025, 17h28
  • Este aqui está em todas e quer colocar o filho na política mas não votem em Antônio Bosaipo
    3
    0



  • eleitor observador

    Quinta-Feira, 31 de Julho de 2025, 16h59
  • Só condenam ele??? Já tô começando a sentir pena deste moço..... juro...... e os outros????? Deve estar arrependido de ter feito lambança.... que sirva de exemplo. O Riva deixou herdeiros treinados pra substituí-lo e o humbertão nenhum????? Que decepção hem????
    2
    0











Copyright © 2018 Folhamax - Mais que Notícias, Fatos - Telefone: (65) 3028-6068 - Todos os direitos reservados.
Logo Trinix Internet