O governo do Estado já tem sinalizações positivas de instituições financeiras ou de um ‘pool’ de bancos para securitizar entre R$ 350 milhões até R$ 500 milhões de receitas futuras. Se conseguir formalizar a operação, o Tesouro de Mato Grosso antecipa parte destes recursos, que em média iriam levar até 84 meses para ser recebidos.
A securitização nada mais é do que a venda de ativos, recursos futuros como os do Mutirão Fiscal, que somou R$ 182 milhões de impostos devidos ao Tesouro de Mato Grosso, mas que em sua grande maioria foram parcelados.
O governador Pedro Taques disse que se houver vantagem para o Estado de Mato Grosso e dentro da lei e da ordem, vai acionar sim a possibilidade de securitizar parte dos créditos do Estado de Mato Grosso.
“Este dinheiro que levaria mais de ano para ingressar nos cofres públicos, mediante um desconto, seria recebido à vista, tendo o Tesouro de Mato Grosso e outros ativos como garantidor de que os créditos serão pagos dentro do pactuado com a instituição financeira ou o ‘pool’ de bancos”, disse o governador Pedro Taques, convicto de que a credibilidade de sua administração tem facilitado as negociações com as instituições de crédito.
Para o secretário de Planejamento, Marco Aurélio Marrafon, os entendimentos avançaram muito nos últimos dias, mas ainda dependem de um fechamento que tem reais chances de se concretizar dentro em breve.
“Estamos bem encaminhados, mas não dá para se falar em montante de recursos, pois temos que negociar cada crédito com um juro que leva em consideração prazos para os futuros recebimentos”, disse o secretário de Planejamento, Marco Aurélio Marrafon.
O titular do Planejamento e que é o ordenador do Estado, asseverou também que as medidas de impacto adotadas pelo governo Pedro Taques desde o início de sua gestão, como a reforma administrativa, auditoria nos contratos com redução de valores, transparência e até mesmo a avaliação positiva pela Agência de Risco Standard & Poor’s formam toda uma gama de argumentos para que o Estado consiga negociar seus créditos com a iniciativa privada e antecipar receitas futuras.
“O bom pagador, que é um programa de quitação dos quase R$ 1 bilhão deixados de restos a pagar na gestão passada, tem repercutido positivamente, pois são poucos os Estados que está conseguindo honrar, o pagamento de salários do funcionalismo que aquecem a economia de todo Mato Grosso, as dívidas da atual gestão e o resto a pagar”, ponderou o secretário Marco Aurélio Marrafon.
Marrafon sinalizou que todo o empenho feito pelo governo Pedro Taques está calcada na credibilidade pessoal e política do governador do Estado e que o equilíbrio está mantido, mas a busca de antecipar receita se faz necessário para outras ações como reforço de saúde, educação, segurança e políticas sociais, além das obras estruturantes que são essenciais para que Mato Grosso continue se desenvolvendo e gerando dividendos para o país.