Política Segunda-Feira, 10 de Junho de 2019, 19h:55 | Atualizado:

Segunda-Feira, 10 de Junho de 2019, 19h:55 | Atualizado:

OPERAÇÃO POLYGUNUM

MP abre mais 5 investigações para apurar fraudes ambientais em MT

Cadastros Ambientais Rurais de 5 propriedades estão na mira de promotores

TARLEY CARVALHO
Da Redação

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O Ministério Público do Estado (MP), por meio das 15ª e 16ª Promotorias de Justiça Cível de Cuiabá, instaurou cinco Inquéritos Civis (ICs) para investigar cinco pessoas e uma empresa por suposto envolvimento em fraudes ambientais, com inserção de dados incorretos no Cadastro Ambiental Rural (CAR). O caso veio à tona com a deflagração da Operação Polygonum, deflagrada pela Delegacia do Meio Ambiente (DEMA). Os documentos são dos dias 4 e 6 de junho e são assinados pelos promotores Marcelo Caetano Vacchiano e Joelson de Campos Maciel.

A primeira portaria (062/2019) irá apurar possíveis inconsistências registradas no CAR da Fazenda São Marcos II, situada na cidade de Comodoro (639 km de Cuiabá). As irregularidades são referentes a passivos ambientais que, em termos práticos, são obrigações a serem cumpridas para compensar dano ambiental. Nesse inquérito, os promotores elencaram Marco Antônio Mattana Sebben como investigado.

A segunda investigação (063/2019), por sua vez, irá apurar supostas irregularidades no CAR da Fazenda Yolanda, em Paranatinga (380 km de Cuiabá). O investigado é Arcibaldo José Polizel.

O terceiro inquérito (064/2019) foi instaurado para apurar as irregularidades lançadas no CAR relativo às Fazendas Santa Maria I, II, III e IV, situadas no Município de São Félix do Araguaia (1.152 km de Cuiabá). Neste caso, a pessoa investigada pelo MP é Euclasio Garrutti.

A quarta portaria (065/2019) irá investigar as supostas irregularidades lançadas no CAR da Fazenda Bonanza, situada em Cáceres (219 km de Cuiabá). São investigados pelas possíveis irregularidades as pessoas Samuel Cirilo de Medeiros e Marlene Silva de Medeiros.

Por fim, o último inquérito instaurado (066/2019) investigará as irregularidades observadas no CAR da Fazenda Santa Clara 7, situada no Município de Poxoréu (263 km de Cuiabá). Neste caso, a portaria registrada como investigada a empresa Agropecuária Danma LTDA.

Em todos os casos, o MP agendou para a última sexta-feira (7) a audiência com os investigados. Graças à Operação Polygonum, as autoridades descobriram irregularidades em 345 CARs.

Todos eles foram cancelados ou suspensos. A Operação Polygonum foi deflagrada em agosto do ano passado pela Polícia Judiciária Civil, por meio de um trabalho integrado entre o Ministério Público do Estado (MP) e a Delegacia Especializada de Meio Ambiente (DEMA). A ação teve por objetivo desbaratar um esquema instalado nas entranhas da SEMA (Secretaria de Estado de Meio Ambiental), cujo modus operandi consistia em fraudar informações no sistema durante o registro do Cadastro Ambiental Rural (CAR).

A fraude era de interesse aos donos de terra porque é esse cadastro que limita o percentual permitido para o desmatamento, de acordo com o tipo de vegetação local. Por exemplo, um imóvel localizado em bioma amazônico, pode ser desmatado em apenas 20%. Contudo, se a tipologia florestal for de Cerrado o proprietário tem direito a desmatar 65%.

Os proprietários então pagavam propina para que servidores da SEMA, incluindo, segundo as investigações, o ex-superintendente da pasta, João Dias Filho, e o ex-secretário do órgão, André Baby, para que o bioma fosse cadastrado de forma fraudulenta.

Além disso, o esquema ainda consistia em cadastrar falsas informações acerca de fiscalizações que deveriam ser realizadas por engenheiros florestais.

A primeira fase acabou resultando na realização de uma auditoria em cerca de 600 cadastros suspeitos de fraude. Em dezembro, a PJC deflagrou outras três fases da Operação, resultantes da auditoria que vem sendo realizada.

O nome “Polygnum” é em referência a medidas geométricas de áreas, referenciadas e utilizada em cálculos de desmatamento.





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Comentários (2)

  • IR?NILDO

    Terça-Feira, 11 de Junho de 2019, 10h20
  • Alguém aí se lembra da Mega Operação Jurupari I e II ??? (era de âmbito da justiça federal que após todos os trâmites (anos) na iminência de sentença foi declinada a competência para a justiça Estadual). O resultado foi o obvio = PRESCRIÇÃO/IMPUNIDADE/ABSOLVIÇÃO. Se esta Mega operação de proporção nacional MORREU, imagina esta operação PANTANEIRA?!! Incompetência, Espirito de corpo OU Desídia/Desleixo/falta de zelo com a coisa pública?? Fica a questão aí caro leitores!!!
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  • Murilo Costa Neto

    Segunda-Feira, 10 de Junho de 2019, 22h52
  • Folha max sendo folha max! Todo mês saem portarias sobre isso! Não precisa sensacionalismo! O próprio MPE não aguenta mais! Está cumprindo sua missão. Em nenhuma denúncia foi colocado questões de propina! Nem mesmo as portarias citam qualquer tipo de situação como essa. O MPE está investigando e buscando os acordos necessários para a manutenção ambiental! Menos folha max! Não se falou em propina nenhuma vez! O MPE está fazendo o certo investigando quem realmente protocola dados falsos no SISTEMA do CAR e que muitas das vezes induz os técnicos da SEMA ao erro! Tem quem investigar quem realmente fez ou faz as declarações do CAR falsas ou erradas de propósito! MPE está corretíssimo em colocar como investigados engenheiros e proprietários rurais que protocolam documentos na sema tentando ter vantagem.
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