Política Quarta-Feira, 22 de Outubro de 2014, 17h:53 | Atualizado:

Quarta-Feira, 22 de Outubro de 2014, 17h:53 | Atualizado:

OPERAÇÃO ARARATH

MPF denuncia Éder e advogados por lavagem de R$ 4 mi para Silval

Ex-secretário furou fila e usou propina para pagar dívidas de governador

Da Redação

Compartilhar

WhatsApp Facebook google plus

eder-silval2.jpg

 

O juiz da 5ª Vara Federal em Mato Grosso, Jefferson Schneider, acatou na tarde de hoje mais uma denúncia referente as investigações da "Operação Ararath". Desta vez, o ex-secretário de Fazenda, Copa e Casa Civil, Éder Moraes Dias, e os advogados Kléber Tocantis Matos e Alex Tocantis Matos foram denunciados pelo Ministério Público Federal por lavagem de dinheiro, ocultação de ben, além de corrupção ativa e passiva.

A denúncia protocolada na Justiça Federal na segunda-feira é a quarta ação proposta pela força-tarefa do MPF que investiga, juntamente com a Polícia Federal, crimes de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo integrantes do Governo de Mato Grosso e empresários. No total, oito pessoas já foram denunciadas e 10 investigações ainda estão em andamento.

De acordo com o MPF, os três denunciados combinaram e executaram um esquema que envolveu o pagamento do precatório de R$ 19 milhões em benefício da empresa Hidrapar Engenharia Civil Ltda violando a ordem cronológica de pagamento dos precatórios por parte do Governo do Estado em troca de mais de R$ 5 milhões em propina para o pagamento de dívidas de campanha eleitoral e para abastecer o "caxa 2" do grupo político do qual Éder de Moraes Dias fazia parte. O executivo era tido como forte do governador Silval Barbosa (PMDB) e senador Blairo Maggi (PR).

Em nome da empresa Hidrapar Engenharia Civil Ltda, os irmãos Tocantins propuseram ações de cobrança para receber do Governo do Estado dívidas pela prestação de serviços para a extinta Sanemat, empresa estatal de saneamento básico. Paralelamente à tramitação da ação de cobrança, os advogados e o então secretário estadual de Fazenda combinavam um acordo que beneficiaria os dois lados envolvidos mediante o cometimento de crimes de corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.

Para levar adiante o crime de lavagem de dinheiro e repassar a propina de R$ 5,250 milhões às empresas indicadas por Éder de Moraes, os três denunciados contaram com a participação de Gércio Marcelino Mendonça Júnior, conhecido como Júnior Mendonça, proprietário das empresas Globo Fomento Ltda e Amazônia Petróleo e delator premiado da "Operação Ararath". Mediante a simulação de operações de fomento mercantil (antecipação de crédito), os denunciados tentaram dar a falsa aparência de legalidade ao esquema.

Primeiramente, o ex-secretário de Fazenda Éder de Moraes determinou que o precatório em nome da Hidrapar Engenharia furasse a fila de pagamento de precatório. Assim, foram transferidos R$ 19 milhões, divididos em duas parcelas, da conta do Estado de Mato Grosso para a Tocantins Advocacia. 

DÍVIDAS DE SILVAL

Em um segundo momento, foram repassados R$ 5,250 milhões da conta do escritório de advocacia para Globo Fomento. Desse total, R$ 4 milhões eram para pagar um empréstimo feito pelo então vice-governador de Mato Grosso Silval Barbosa, em 2008, com Júnior Mendonça, para custear a campanha eleitoral do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) nos municípios de Mato Grosso.

O restante, R$ 1,250 milhões, ficariam como crédito para ser usado em outra oportunidade iniciando o sistema de “conta-corrente” operado por intermédio das empresas Globo Fomento e Amazônia Petróleo. Em uma terceira fase da operação de dissimulação, R$ 1,250 milhões foram transferidos para a esposa de Éder de Moraes Dias, Laura Tereza Costa, e para as empresas ADM Comércio e Distribuidora de Serviços, Real Sports ADM e Jornal Resumo do Online. “Em síntese, o desencadear da referida operação policial, em todas as suas fases, evidenciou a existência de uma organização criminosa que, valendo-se de um sistema financeiro paralelo (à margem do oficial), movimentou cifras milionárias para fins diversos, incluindo corrupção de servidores públicos e financiamento ilegal de campanhas eleitorais, praticando diversos crimes conexos com crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, notadamente a operação clandestina de instituição financeira, gestão fraudulenta e lavagem de dinheiro”, afirma o MPF na denúncia.

VEJA MAIS

Escritório de advocacia teria sido usado para lavagem milionária

Para ter liberdade, Eder deve se afastar de Maggi, Silval e membros do MPE

Advogado e dois empresários serão chamados para depor para Éder

Eder solicitará anulação de ação em que é acusado de lavagem em MT

Advogado e arquiteto depõe em defesa de Éder; sentença sai em 30 dias

Eder diz que magistrados não conhecem o mercado financeiro

MPF classifica Éder e empreiteiro como "criminosos profissionais"

Empréstimos fraudulentos em bancos tiveram início na gestão Maggi, diz Éder

 





Postar um novo comentário





Comentários (3)

  • Adalberto Ferreira da Silva

    Quarta-Feira, 22 de Outubro de 2014, 22h39
  • Caso o Sr. Eder Moraes, juntamente com o governador Silval Barbosa, não sejam punidos com pena de prisão em regime fechado pelos graves crimes que cometeram, a justiça em nosso Estado pode fechar as portas, e os cidadãos de bem arrumar as malas e procurar algum lugar fora de MT onde ainda exista ao menos uma gota de decência nas instituições responsáveis pelo julgamento de crimes.
    4
    0



  • Recruta

    Quarta-Feira, 22 de Outubro de 2014, 21h05
  • Isso não tá certo!! Vou passar a bola PA alguém chutar!!
    3
    0



  • Milton Ribeiro

    Quarta-Feira, 22 de Outubro de 2014, 20h18
  • Causa repulsa, da nojo! isso é nojento. Enquanto hoje vimos no jornal de meio dias uma mãe desesperada, aos prantos, pedindo uma vaga de UTI para as filhas com meningite. Será que esses animais não lhes doem na consciência.
    6
    0











Copyright © 2018 Folhamax - Mais que Notícias, Fatos - Telefone: (65) 3028-6068 - Todos os direitos reservados.
Logo Trinix Internet