A direção nacional do Solidariedade, presidida pelo deputado federal Paulo Pereira da Silva, o “Paulinho da Força”, decidiu não homologar o suplente de deputado estadual, Adalto de Freitas, o Daltinho, presidente do diretório estadual da legenda.
A decisão atendeu a um pedido do ex-prefeito de Rondonópolis, José Carlos do Pátio, e dos membros da Força Sindical. Isso porque se sentiram discriminados na composição da executiva estadual. Inicialmente, estava acordado que caberia a Daltinho presidir o diretório estadual e indicar outros dois representantes da executiva.
Por outro lado, Zé do Pátio assumiria a secretaria geral e indicaria dois representantes, ao passo que a Força Sindical indicaria outros dois. No entanto, em uma manobra política, Daltinho isolou os correligionários e distribuiu aos seus aliados as demais atribuições da Executiva estadual.
O encontro partidário que ocorreu no final de março foi marcado pela ausência da maioria dos 63 vereadores que compõem o partido em Mato Grosso. Também não compareceram Zé do Pátio e os membros da Força Sindical como forma de protesto.
Na próxima terça-feira (13), haverá uma reunião da direção nacional com Daltinho, Zé do Pátio e membros da Força Sindical para chegar a um consenso. A tendência é que seja feita uma Comissão Provisória e meses depois um novo encontro partidário para definir a composição da executiva estadual.
A intervenção do diretório nacional impacta negativamente nas articulações conduzidas por Daltinho. O suplente de deputado estadual estava articulando para sábado (10) a realização de um encontro partidário na AMM (Associação Mato-Grossense dos Municípios) para oficializar apoio a pré-candidatura do senador Pedro Taques (PDT) ao governo de Mato Grosso. Se houver tal ato político, será considerado invalido pela direção nacional.
Fundado em setembro do ano passado, o Solidariedade nasceu com expressiva força política em Mato Grosso. O partido detém atualmente a maior bancada na Câmara Municipal de Cuiabá com 4 vereadores.