Política Terça-Feira, 05 de Dezembro de 2023, 11h:55 | Atualizado:

Terça-Feira, 05 de Dezembro de 2023, 11h:55 | Atualizado:

FALSO DELATOR

PF arquiva 10 inquéritos contra ex-governador

 

MIDIANEWS

Compartilhar

WhatsApp Facebook google plus

taques-alanmalouf.jpg

 

A Polícia Federal e a Justiça Eleitoral arquivaram todos os dez inquéritos policiais abertos com base na delação premiada feita pelo empresário Alan Malouf contra o ex-governador Pedro Taques.

A partir de 2016, o empresário fez uma série de acusações contra Taques, desde a prática corrupção passiva, formação de quadrilha, caixa 2, e até falsidade ideológica, ao Ministério Público Federal (MPF) que resultaram no acordo de delação homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em 2018.

Em seus depoimentos, Malouf acusou Taques de caixa 2 durante a campanha eleitoral de 2014, por meio de doações de vários empresários que não seriam registradas, e utilizadas para pagar despesas.

Malouf também acusou Taques de pedir essas doações e oferecer, em troca, contratos com o Governo do Estado, caso vencesse a disputa – o que configuraria em crimes de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e corrupção.

"As informações prestadas por Alan Malouf são falsas. São caluniosas. São mentirosas”, afirmou Taques.

“São danos irreparáveis tanto à minha imagem quanto a de pessoas que foram vítimas dessa falsa delação. Não se pode normalizar a mentira como algo aceitável, e o mínimo que se espera é a Justiça. O mínimo que se espera é a reparação às pessoas acusadas injustamente e ao Poder Público que foi lesado ao investir tempo e dinheiro para investigar mentiras”, disse. 

Taques disse que, além dele, outros nomes como os de Paulo Brustolin, ex-secretário de Fazenda; Paulo Taques, ex- Casa Civil; Júlio Modesto, ex-secretário de Gestão; os empresários Eraí Maggi, do Grupo Bom Futuro; Erivelton da Silva Guasques, ex-sócio da City Lar, e Juliano Bortoloto, da Todimo, também foram prejudicados pela “delação falsa”. 

“Todas essas pessoas foram prejudicadas pelas mentiras do falso delator. E agora, quem vai reparar esse prejuízo?”, questionou. Segundo ele, provavelmente haverá uma enxurrada de ações contra Alan Malouf por crimes contra a honra.

Segundo Taques, a não comprovação das informações coloca o empresário em situação passível de denúncia por delação caluniosa, tipo penal que está na Lei das Organizações Criminosas, cuja pena pode chegar a 4 anos de detenção. 

Cervejaria Petópolis

Entre os inquéritos arquivados está o que Malouf acusou Taques ter sido beneficiado por uma doação de R$ 3 milhões da Cervejaria Petrópolis, sem a devida declaração na campanha.

A denúncia foi julgada e arquivada pela 51ª Zona Eleitoral de Cuiabá. Depois, o MPE ingressou com recurso especial contra o arquivamento, mas o ministro Carlos Horbach, do Tribunal Superior Eleitoral, indeferiu o recurso por unanimidade, com parecer favorável do Procurador Geral Eleitoral e futuro Procurador Geral da República, Paulo Gonet, e com voto favorável do presidente, ministro Alexandre de Moraes, mantendo o arquivamento.





Postar um novo comentário





Comentários

Comente esta notícia








Copyright © 2018 Folhamax - Mais que Notícias, Fatos - Telefone: (65) 3028-6068 - Todos os direitos reservados.
Logo Trinix Internet