O presidente da Câmara de Cuiabá, vereador Júlio Pinheiro (PTB) está fazendo uma juntada de documentos para comprovar que não houve irregularidade na aprovação de suplementação de R$ 365 milhões ao Executivo Municipal em dezembro de 2012, quando também respondia pela Casa de Leis.
O material servirá como base para rebater a denúncia feita pela defesa do vereador João Emanuel (PSD) junto ao Tribunal de Contas do Estado (TCE).
"Estou fazendo uma juntada de documentos referente a este assunto, qual também deve conter as atas das sessões quais os projetos foram aprovados. Vou responder ao TCE com a mais absoluta tranquilidade. A minha gestão não roubou, não desviou mais de R$ 10 milhões da Câmara", pontua o petebista.
Para o presidente, esta é mais uma tentativa de tentar intimidá-lo e fazer com que volte atrás no processo de cassação do social democrata.
"Nada disso traduz com a verdade. São informações caluniosas e plantadas. Mas não é surpresa alguma aparecer este tipo de denuncia contra mim justo neste período. O projeto tramitou corretamente nesta Casa. Recebeu os pareceres de todas as Comissões e foi aprovado em plenário", garante.
O processo completo foi publicado na Gazeta Municipal do dia 21 de dezembro. "Cabe a quem acusou provar que eu errei. Vou apresentar todos os documentos para a Justiça. Desde fevereiro que ele vem tentando armar contra a minha pessoa, e não é na semana de seu julgamento que ele vai conseguir me intimidar".
Pinheiro ainda ressalta que está a disposição dos paramentares para ser investigado quanto ao assunto. "Eu não tenho medo de briga, já passei por três processos de cassação e passo por quantos tiverem, inclusive o meu se acharem que eu deva ser cassado. Já mostrei o processo para alguns vereadores para que tomem conhecimento da armação", finaliza.
Com relação ao julgamento da perda do mandato de João Emanuel, o presidente esclarece que só será agendada uma sessão extraordinária após a desembargadora Maria Aparecida Ribeiro se manifestar quanto ao pedido de reconsideração impetrado pela Casa de Leis.