Interditado há 17 dias em razão de uma cratera que se abriu na avenida Quidauguro Fonseca, o tráfego pela ponte sobre o rio Coxipó, entre os bairros Bela Marina e Coophema, ainda não tem data prevista para a liberação. O motivo são novos pontos de afundamento no asfalto detectados nos últimos dias pela construtora Três Irmãos, responsável pela execução da obra.
Ontem, no início da tarde, a reportagem do DIÁRIO acompanhou o trabalho de um grupo de funcionários da construtora. Com o auxílio de uma escavadeira, eles abriam um novo buraco na via -inaugurada há pouco mais de quatro meses, a um custo de R$ 9 milhões.
Nos cerca de 300 metros que separam o local onde se abriu a primeira cratera e o novo buraco, a reportagem contou três outros pontos com Marcas de intervenções recentes no asfalto. De acordo com a assessoria de imprensa da Secopa, os novos afundamentos tiveram a mesma causa do problema inicial: infiltrações nas camadas inferiores do asfalto. "Após o primeiro problema, a construtora decidiu fazer um pente-fino na avenida e detectou novos problemas, que estão sendo solucionados", declarou a secretaria.
Quando foi declarada a interdição, no dia 18 de fevereiro, a previsão era que o tráfego fosse retomado na segunda-feira seguinte (24), o que não ocorreu.
A ausência da via alternativa vem provocando desde então grandes congestionamentos na Avenida Fernando Correa. A Secopa diz, agora, que não há previsão para a conclusão dos reparos.
MAIS PROBLEMAS
Nesta quinta-feira, um morador da região postou fotos nas redes sociais mostrando mais rachaduras na ponte recém-inaugurada. As rachaduras cortam de um lado a outro da pista. Em alguns casos, o internauta mostrou que cabe uma mão na rachadura - veja as fotos na galeria.
QUALIDADE
Infiltrações em pavimentos recém-inaugurados têm sido frequentes nas obras coordenadas pela Secopa. Na Ponte dos Eucaliptos, também na região do Coxipó, uma faixa de dez metros da pista da cabeceira teve de ser removido.