Após 12 anos no poder, PR irá virar oposição por conveniência no Estado
Em entrevista ao programa Folhamix (Mix FM 94,3) na manhã de hoje, o presidente do diretório estadual do Partido da República, Wellinton Fagundes, deu claros sinais de que até as convenções de junho a legenda irá abandonar a situação e se aliar a oposição para apoiar a eventual candidatura do senador Pedro Taques (PDT) ao Governo do Estado. Aliás, o deputado federal republicano reuniu até a madrugada desta terça-feira a bancada do PR na Assembleia Legislativa com Pedro Taques na residência do prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PR).
Pré-candidato a senador da República, Wellinton Fagundes considerou que teria mais facilidade de conseguir ser candidato dentro do bloco liderado pelo governador Silval Barbosa (PMDB). No entanto, o PR foi convidado para estar na oposição mesmo sem "garantia" do parlamentar ser candidato a senador, já que no grupo o senador Jaime Campos (DEM) postula a reeleição.
"O prefeito Mauro Mendes foi autorizado a buscar um entendimento com PR e é natural que ele queira nossa presença neste grupo pela história que construimos juntos. Temos que reconhecer que a presença do DEM querendo a vaga de Senado é um problema, mas temnos que dialogar para termos o melhor encaminhamento", declarou, ao adiantar que no caso de um apoio a Taques os republicanos tomarão uma "decisão conjunta sem vozes divergentes".
Sobre os cargos de primeiro e segundo escalões que o PR ocupa no palácio Paiaguás, Wellinton Fagundes que, em caso de aliança do PR com PDT, a decisão sobre a manutenção ou não da presença dos republicanos caberá ao governador. "Ajudamos a ganhar a eleição e temos a legitimidade de estar neste governo. Mas o sistema brasileiro é presidencialista e, neste caso, cabe a decisão a quem está no cargo, no caso o governador", explicou.
Durante a entrevista, Wellinton Fagundes considerou que no sistema político brasileiro e matogrossense apenas o PSD e DEM são partidos de oposição. "Nós do PR não fazemos oposição até porque Mato Grosso é um estado em construção que precisa muito do Governo Federa. Esse negócio de fazer oposição por interesse pessoal não é bom para Mato Grosso", analisou.
Sobre a decisão do senador Blairo Maggi (PR) em recuar da disputa pelo Governo, o parlamentar republicano disse que respeita a posição e também pediu que o assunto seja encerrado. "É lógico que o PR deseja ver o Blairo candidato, mas já que temos a oportunidade de debater uma renovação política para o Estado chegou a hora. Não podemos ficar batendo o martelo sempre no mesmo prego", opinou.
A.M.O.
Terça-Feira, 06 de Maio de 2014, 14h12A.M.O.
Terça-Feira, 06 de Maio de 2014, 13h39Muniz
Terça-Feira, 06 de Maio de 2014, 13h35Z? Paulo
Terça-Feira, 06 de Maio de 2014, 11h09