Prefeito afirma que declaração de delegado é "tapa na cara" da Assembleia de MT

 

O prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB) afirmou na manhã desta terça-feira (6) que a declaração do ex-titular da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), delegado Flávio Stringueta, foi um “tapa na cara” da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT). Emanuel requereu junto à Corregedoria da Polícia Civil que apure a suspeita de uso político da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) por parte do delegado titular, Eduardo Botelho, que estaria promovendo uma perseguição política para atingir politicamente sua gestão.

Em entrevista à rádio CBN Cuiabá nesta segunda-feira (5), Flávio Stringueta disse acreditar que possa haver uso político por parte da Deccor nas investigações contra o prefeito de Cuiabá. O delegado reforçou a suspeita de que Mário Dermeval de Resende, delegado-geral da PJC, pode ter agido para prejudicar o prefeito de Cuiabá a mando do governador.

Aliás, Demerval seria pré-candidato a Assembleia Legislativa, assim como Stringuetta. “O que o delegado Stringueta falou é grave, um tapa na cara da Assembleia Legislativa. Tudo isso eu denunciei no dia 2 de dezembro de 2019 para a Assembleia e eles fizeram vista grossa para fazer média com o governador, inclusive os do meu partido. Isso é uma vergonha”, disse Emanuel durante a entrega da nova estrutura de fornecimento de água, na comunidade Nova Esperança.

Stringueta, inclusive, relembrou o caso envolvendo o remanejamento dos delegados Lindomar Tófoli e Anderson Veiga da Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz), em 2019, após polêmicas relacionadas ao Governo do Estado e ao prefeito da Capital. Na época, Emanuel encaminhou uma denúncia à Assembleia Legislativa alegando que o Estado estaria fazendo uso de seu aparato para uma investigação ilegal contra ele.

Stringueta afirmou que chegou a conversar com os ex-delegados, mas que acreditou da diretoria da PJC-MT. Ele ressaltou que sua visão mudou após ser retirado do comando da GCCO. "Eu quero transparência total, tem problema na gestão? O maior colaborador de qualquer investigação sou eu. Mas, eu quero que faça com justiça, que não force a barra não induza ao erro o Ministério Público e a Justiça. Isso é o que nós detectamos e formalizei a denúncia. Coincidência ou não, o delegado se afastou para o curso”, comentou o prefeito.

“Agora um delegado sério, uma referencia da Polícia Civil como o Stringueta disse em alto e bom som que a Deccor está perseguindo a gestão Emanuel Pinheiro. Isso é gravíssimo e merece uma resposta urgente. Da Assembleia eu não espero muita coisa, agora da Corregedoria-Geral eu espero e acredito na instituição. E tenho certeza que vão dar uma reposta para essa denúncia”, afirmou o gestor.