Delegado suspeita que Deccor seja usada para prejudicar a gestão de Emanuel em Cuiabá

 

O delegado da Polícia Judiciária Civil (PJC-MT), Flávio Henrique Stringueta, afirmou na manhã desta segunda-feira (5) que acredita que possa haver uso político por parte da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção em Mato Grosso (Deccor) nas investigações contra o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB). Nos últimos meses, a prefeitura de Cuiabá foi alvo de cinco investigações deflagradas pela Deccor.

Emanuel requereu junto ao corregedor-geral da PJC-MT que apure a suspeita de uso político da Delegacia Especializada por parte do delegado Eduardo Botelho, que estaria alinhado com o governador Mauro Mendes (DEM), seu adversário político, para promover uma perseguição para atingir politicamente sua gestão. Em março, Stringueta foi afastado do cargo na Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) pela Diretoria Geral da Polícia Judiciária Civil, ao que tudo indica, após publicar um artigo de opinião criticando o Ministério Publico Estadual (MPE).

No artigo, o delegado fez menção ao fato do MPE comprar 400 aparelhos smartphones por R$ 2.232 milhões. O delegado afirma que houve uso político em seu afastamento e acredita que o mesmo possa estar acontecendo com o prefeito de Cuiabá.

As declarações foram dadas a rádio CBN Cuiabá. “Eu acredito que possa ter sim. Conversei com ex-delegados que foram retirados da Defaz. Na época, eu fiquei contra eles porque acreditava nos diretores e na moral deles. Mas, depois do que aconteceu comigo, comecei a ver com um olhar diferente as coisas”, disse o delegado. 

Stringuetta voltou a criticar o diretor geral da PJC, delegado Mário Dermeval. “Pelo que me disseram na época teve o uso político e hoje também até porque o delegado-geral o cargo dele é do governador e a gente sabe que há um embate entre o governador e o prefeito. Então, pode sim até para prejudicar o prefeito talvez”, acrescentou Stringueta.