Levando em consideração a ausência de uma Comissão de Ética, uma vez que o partido em Cuiabá é dirigido por uma comissão provisória, e o prejuízo à legenda que a perda de mais um vereador na Capital causaria, o PSD deve optar por não expulsar Toninho de Souza. O parlamentar foi acusado pelo ex-vereador João Emanuel (PSD) de infidelidade partidária, por não ter seguido a orientação da legenda no processo da Câmara de Cuiabá, que cassou seu mandato.
Conforme o presidente municipal do PSD, Wilson Teixeira, o Dentinho, Toninho apresentou sua defesa na semana passada. Porém, não especificou porque não seguiu a orientação dada pela sigla para que não votasse pela perda de mandato de João Emanuel.
Segundo ele, Toninho explicou somente seu ponto de vista favorável à cassação. Ainda assim, o presidente considera não haver a necessidade de se instaurar uma Comissão de Ética para apurar o caso de forma mais aprofundada dentro da sigla.
Toninho afirmou que a orientação do PSD veio “tarde demais”. Ele foi presidente da Comissão de Ética da Câmara, responsável por apurar a denúncia de quebra de decoro parlamentar contra João Emanuel.
A principal prova obtida pela Comissão foi um vídeo em que ex-parlamentar aparece, supostamente, negociado fraude em licitações da Casa.
CONVITES
Antes mesmo de ser julgado pelo PSD, Toninho de Souza recebeu convite para voltar a militar no PDT, partido ao qual era filiado antes da criação da legenda social-democrata. Pela legislação eleitoral, no entanto, ele corre o risco de perder o mandato caso mude de sigla.
Ele, no entanto, sustenta que, se expulso do partido, não perderá o mandato. O vereador pretende buscar junto à Justiça manter o cargo que conquistou na Câmara de Cuiabá.