O impasse criado dentro do PT motivou a decisão do juiz federal Julier Sebastião da Silva de se filiar ao PMDB. A avaliação foi feita pelo presidente regional da sigla, William Sampaio, que lamentou a ida do magistrado para outro partido. Para ele, o nome de Julier e as teses do PT deveriam ter sido respeitadas.
A afirmação de Sampaio foi feita em clara alusão à decisão de Lúdio Cabral (PT) de buscar apoio interno no partido para ser o pré-candidato ao governo. "Se o partido tivesse respeitado Julier, teríamos outro caminho”.
Já para o PMDB, partido que receberá o magistrado no dia 2 de abril, não muda o quadro definido em reuniões pelo grupo de 9 partidos que dá sustentação à gestão de SIlval Barbosa. "A entrada de Julier nos dá mais um bom quadro e ainda tem o apoio da Executiva Nacional. O PMDB vai defender o que seja para unir o grupo”.
A união, segundo ele, será mantida por meio de diálogo e respeito ao que já ficou acertado desde que as siglas iniciaram o lançamento dos pré-candidatos. "O que definirá o restante da situação será através de pesquisa e debate dentro do grupo. Não haverá imposição de lado nenhum".
O presidente regional do PCdoB, Aislan Galvão, considera que a confirmação de Julier deixa um quadro mais claro, mas acredita que somente o grupo tem o poder de decisão. Galvão lembra que o grupo possuí bons nomes como Chico Daltro do PSD.
O atual grupo em que o magistrado integra é composto por nove partidos; PMDB, PT, PR, PSD,PROS, PSC E PC do B.