Apesar de estar cotado para assumir um cargo importante em Brasília, o ex-prefeito de Cuiabá Chico Galindo (PTB) ainda pode ser o principal nome do partido no pleito deste ano. O petebista, que já externou o seu desejo de se aposentar da política, deverá disputar a eleição para deputado estadual ou federal a pedido da legenda. “Estamos discutindo todas as possibilidades. Atualmente temos três opções: sair para deputado federal, estadual ou não sair a nada. Não há nenhuma decisão tomada ainda. Por enquanto, só estamos conversando”, enfatiza.
De acordo com ele, a definição dependerá da conjuntura política e, principalmente, da situação do ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura do Transporte (Dnit), Luiz Antônio Pagot. “Esta decisão deve ser tomada lá por março. Vai depende da conjuntura política, de com que partidos vamos estar aliados, da minha situação em Brasília e também da decisão do Pagot em ser ou não candidato”, explica.
Galindo afirma que uma das prioridades do PTB é a candidatura do ex-diretor a deputado federal. Contudo, ele tem uma pendência na Justiça, que deve ser julgada até março. “Se der tudo certo e, com certeza, dará, o Pagot poderá sair como candidato a federal pelo nosso partido. A grande prioridade é ele”, reafirma.
Os pré-candidatos da legenda, todavia, já iniciaram uma campanha pelo lançamento do ex-prefeito. “Nesta semana tivemos uma reunião em Brasília com todos os pré-candidatos e foi muito bom. Eles pedem para que eu pense na possibilidade de candidatura, mas ainda estão divididos quanto à questão de qual cargo disputar”, pontua.
Conforme o petebista, alguns acreditam que ele deva sair a federal para fortalecer o partido e, consequentemente, a chapa que irá disputar a eleição para deputado estadual. Outros, por sua vez, querem que Galindo dispute uma vaga da Assembleia Legislativa, uma vez que será o grande puxador de votos do grupo. “Eles acreditam que comigo poderão fazer até três deputados estaduais”, acrescenta.
Quanto à eleição majoritária, o ex-prefeito diz que ainda é cedo para tomar uma decisão, já que os candidatos ainda não estão postos. Apesar disso, admite uma aproximação com o grupo que quer lançar o senador Pedro Taques (PDT) ao Palácio Paiaguás. "“A tendência hoje é apoiarmos a candidatura do senador Pedro Taques ao governo. Já conversamos com ele algumas vezes, mas ainda não tem nada fechado”.
Em contrapartida, o PTB tem se aproximado do PSDB, DEM e de Solidariedade em busca de uma segunda via. O grupo estuda lançar uma candidatura própria. Os principais nomes seriam do deputado federal Nilson Leitão (PSDB) e do próprio Pagot.