O vereador Rafael Ranalli (PL) afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro deve ser preso ao fim do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), que apura tentativa de golpe de Estado. Segundo ele, o processo está "direcionado para a condenação", mas nega que tenha havido um plano real para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Esta semana, ex-ministros e o ex-presidente são interrogados no Supremo Tribunal Federal (STF).
“Provavelmente será preso, porque está tudo induzindo a isso. Porém, eu fico com o depoimento do Cid, que vi ontem, que exime de toda forma o Bolsonaro de suposto envolvimento. Ninguém assinou nada, ninguém teve coragem de assinar, não botou no papel. Quer dizer, é o golpe fake, né? Quem que iria tomar uma república sem Exército, sem Marinha e sem Aeronáutica?”, afirmou o vereador.
O julgamento chegou ao segundo dia de interrogatórios nesta terça-feira (10). O primeiro a depor foi o ex-comandante da Marinha, Almir Garnier, apontado pela Polícia Federal como um dos militares que teria colocado tropas à disposição de Bolsonaro em 2022.
A lista de depoimentos inclui ainda Anderson Torres, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira, Braga Netto e o próprio Bolsonaro. A condução dos interrogatórios é feita pelo ministro Alexandre de Moraes e vai até sexta-feira (13).
Na segunda-feira (9), Mauro Cid confirmou ter participado de reunião em que foi apresentado um documento que previa a decretação de estado de sítio e prisão de ministros do STF. Também relatou ter recebido dinheiro do general Braga Netto para repassar ao major Rafael de Oliveira, do grupo de elite “kids-pretos”.
A expectativa é que o julgamento final ocorra no segundo semestre. Se condenados, os réus podem pegar mais de 30 anos de prisão.