O ex-deputado estadual e ex-presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), José Geraldo Riva, descartou qualquer possibilidade de retornar a política em 2026. A declaração foi dada em uma entrevista ao deputado estadual Wilson Santos (PSD), em um programa de TV exibido na noite de terça-feira (23).
De acordo com o ex-chefe do parlamento mato-grossense, seu tempo passou, mas admite que gostaria de ter disputado a eleição de 2014 com o ex-governador Pedro Taques. Riva deixou a ALMT em 2014, quando decidiu tentar a disputa ao Governo do Estado com o então senador Pedro Taques.
No entanto, acabou tendo a candidatura indeferida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com base na lei da “Ficha Limpa”, por conta de uma condenação em uma ação de improbidade administrativa. Ele acabou sendo substituído por sua esposa, Janete Riva, que perdeu a eleição.
Em 2014, ele acabou elegendo a filha, Janaina Riva, para uma cadeira na Assembleia e, ao ser questionado sobre seu futuro político, descartou qualquer possibilidade de disputar qualquer cargo no futuro, aproveitando para ‘alfinetar’ o ex-governador. “Não pretendo voltar em 2026. Já foi. O que eu penso é que, o que podia fazer, eu fiz. Meu momento passou. Queria muito ter disputado o Governo em 2014, para mostrar para o Pedro Taques que ele estava errado em muitas coisas e certo em algumas delas. Respeito muito alguns adversários políticos que tive, mas ele não está nesta relação, porque subestimava as pessoas”, disse.
O ex-presidente da ALMT também confirmou ter sido o ‘pai’ da ideia do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), mas se eximiu de qualquer culpa do fato da obra não ter sido concluída, afirmando que esta responsabilidade seria do Governo do Estado. No entanto, embora tenha criticado o ex-governador Silval Barbosa por conta do projeto não ter sido levado até o final, elogiou o ex-gestor.
“Eu sou o pai da ideia, que foi minha. E acho que daria para ter feito. Não podemos ser culpados da execução do projeto, porque essa é função do Governo do Estado. Cansei de falar com o Silval para colocar três turnos na obra, e nunca conseguiu ter nem sequer dois. Ele também era exequível até mesmo depois, com o Pedro Taques, mas depois ficou inviável. Mas se não fosse essa questão, além das obras da Copa do Mundo, Silval foi o governador que mais fez por Mato Grosso”, afirmou.
ARCANJO
José Riva também comentou sobre a relação que ele e a ALMT tinham com o ex-bicheiro e comendador João Arcanjo Ribeiro. O ex-deputado destacou que o contato próximo acabou prejudicando não só o parlamento estadual, como também sua carreira política. Ele revelou, no entanto, que a Casa devia, em 1995 cerca de R$ 27 milhões ao empresário, e que teve conhecimento do ‘rombo’ em seu primeiro contato com ele.
“Minha relação com o Arcanjo começou no antigo Hotel Eldorado, em fevereiro de 1995. Tinha 15 dias que eu estava na ALMT, como primeiro-secretário, quando fui convidado para esta reunião. Estavam, além de mim, o Gilmar Fabris, então presidente da Assembleia, o Bosaipo, Nilson Roberto Teixeira, outros deputados, ex-governadores e o Comendador. Foi então que colocaram na mesa um monte de notas promissórias e contas que a Casa devia para ele e, aí, tive conhecimento que a dívida era de aproximadamente R$ 27 milhões. Para se ter uma ideia, o duodécimo daquele ano era de pouco mais de R$ 36 milhões”, revelou.
De acordo com Riva, quando houve a deflagração da Operação Arca de Noé, em dezembro de 2002, a ALMT havia acabado de encerrar esta dívida. Segundo o ex-presidente da ALMT, foram feitas todas as manobras possíveis, para pagar estas e outras contas, resultando em 22 notas promissórias de R$ 700 mil e que os cheques apreendidos pela Polícia Federal eram relativos a esta negociação. O ex-deputado também revelou que este recurso veio de um repasse a mais que o Dante de Oliveira fez, como governador, para quitar este compromisso. O ex-parlamentar contou ainda um dado curioso, de que o ‘Comendador’ sabia que o dinheiro havia entrado nas contas da Casa antes mesmo da própria Mesa Diretora.
“Esta relação com o Arcanjo foi, com certeza, prejudicial à imagem da ALMT e também da minha carreira, que ficou prejudicada, pois paguei essa ‘conta’ a vida inteira. Contaminou sim, a minha caminhada, mas foi algo que nós aceitamos e poderíamos ter não aceitado. Fui até aconselhado por um ex-deputado, que me disse que nunca tinham pagado nada, e que não era para eu pagar também e ‘largar para lá’. Acabamos ‘pagando’, em todos os aspectos, mas não posso dizer que ele foi desleal. Ninguém estava com a ‘faca no pescoço’. Ele não nos obrigou a entrar na factoring dele nem aplicou conosco os ‘métodos de cobrança’ dele. Mas ele cobrava duro e tinha um privilégio. O dinheiro entrava na conta da Assembleia e ele ligava pra gente, dizendo que havia caído, pois sabia antes da gente”, completou.
Marcelo
Quinta-Feira, 25 de Abril de 2024, 09h05JOSEH
Quinta-Feira, 25 de Abril de 2024, 07h47Jessica Trans Corintiana
Quinta-Feira, 25 de Abril de 2024, 07h42Eleitor
Quinta-Feira, 25 de Abril de 2024, 05h05Canalhas nunca envelhecem
Quarta-Feira, 24 de Abril de 2024, 23h05Diego
Quarta-Feira, 24 de Abril de 2024, 22h52Dona Maria Aparecida
Quarta-Feira, 24 de Abril de 2024, 22h06