Em audiência na Comissão de Infraestrutura da Assembleia Legislativa, o secretário Extraordinário da Copa do Mundo, Maurício Guimarães, admitiu que o Estado não soube desenvolver políticas de desenvolvimento para o turismo.
Os investimentos para fomentar o setor são vistos por analistas como um dos principais legados do evento.
“Não conseguimos ter a firmeza necessária para fortalecer os equipamentos turísticos”, colocou o deputado em questionamento feito pela deputada estadual Luciane Bezerra (PSB).
Apesar de fazer a ‘mea culpa’, o secretário não qualificou o Governo como incompetente nesta questão. “Talvez não soubemos nos aparelhar, mas não é uma questão de incompetência”, considerou.
Em relação às obras estruturais de mobilidade urbana, especialmente o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), o secretário explicou que fatores externos atrapalharam o cumprimento do cronograma original. Ele citou como exemplos para o atraso no VLT a demora nas licenças do IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), ambiental e ainda as desapropriações.
Com os ajustes, o novo prazo para a entrega da obra é 31 de dezembro de 2014. Porém, o modal de transporte entre Cuiabá e Várzea Grande estará em operação apenas em 2015. “A obra será entregue por completo até dezembro”, garantiu Guimarães..
O secretário ainda teve que negar os boatos de que o consórcio que executa as obras irá abandonar os trabalhos deixando as duas maiores cidade de Mato Grosso com as obras incompletas e um verdadeiro caos no trânsito. “A chance do consórcio deixar as obras é zero”, assegurou.
Sobre obras de mobilidade, principalmente na Avenida Miguel Sutil, o secretário também não foi otimista quanto a entrega até a Copa do Mundo. Guimarães falou que a Secopa evita dar data precisa de inaugurações. “Nosso foco hoje é no avanço e conclusão destas obras, não queremos precipitar e já dar um prazo”.
Ele aproveitou a oportunidade para pedir aos deputados que ajudem a pressionar a CAB Cuiabá para fazer a remoção de tubulações que estão atrapalhando as obras na trincheira do Santa Rosa. “Enquanto a CAB fazer esta remoção, esta obra não tem como avançar. Por isso peço aos deputados ajuda nesse sentido”, concluiu.