Os senadores Jayme Campos (União) e Wellington Fagundes (PL) criticaram a decisão do ministro Alexandre de Moraes, em determinar o monitoramento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com uso de tornozeleira eletrônica. O ex-mandatário foi alvo de busca e apreensão da Polícia Federal, nesta sexta-feira (18), sob alegação de risco de fuga do país. Ele também não poderá usar redes sociais.
Fagundes, que é do partido de Bolsonaro, avaliou que houve excesso do ministro, já que Bolsonaro sempre esteve à disposição da Justiça. “É uma decisão monocrática. Agora os advogados vão recorrer. E nós não concordamos com essa postura [STF]. O PL não concorda com isso”, disse Fagundes em conversa com a imprensa.
O senador Jayme Campos, apesar de dizer que não sabe os motivos da decisão, cobrou mais responsabilidade nas ações do Supremo que, para ele, tem cometido excessos. “Eu acho que as medidas que ultimamente o Supremo tem tomado são pesadas, duras, sobretudo a dosimetria que tem praticado em relação também ao 8 de Janeiro. De forma que este momento aqui é um momento de união, não esse clima policialesco. O Supremo do Tribunal Federal, muitas vezes, está passando de todos os limites que é constitucional”, criticou Campos.
O senador afirmou que a Corte Suprema estaria desrespeitando a própria Constituição Federal. “Eu acho que não precisava nada disso aí, nada disso aí. Me parece que está havendo um certo exagero”, reafirmou.
Operação federal
A operação contra Bolsonaro ocorreu em sua casa e no escritório do PL. Foram apreendido cerca de US$ 14 mil e R$ 8 mil, além de um pen drive. O celular dele também foi recolhido pelos agentes. O ex-presidente usa, a partir de agora, uma tornozeleira eletrônica e será monitorado 24 horas por determinação do ministro Alexandre de Moraes.
Bolsonaro foi ainda proibido pelo magistrado de acessar redes sociais e de falar com seu filho Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que se licenciou do mandato e está nos EUA atuando para que o país aplique sanções a Moraes. Terá que cumprir recolhimento domiciliar noturno, das 19h às 7h, e também nos fins de semana, em tempo integral; não poderá se comunicar com embaixadores e diplomatas estrangeiros nem se aproximar de embaixadas.
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Sexta-Feira, 18 de Julho de 2025, 13h36