Recém filiado ao PSDB, o governador Pedro Taques, que antes de oficializar sua adesão ao partido declarou que não gostaria de participar da executiva da sigla, afirmou que participará apenas de reuniões partidárias no período noturno e aos sábados, uma vez que sua preocupação principal, no momento, é administrar o Estado. No entanto, o diretório estadual da sigla instala, nesta semana, uma comissão, composta por membros da Executiva e pessoas indicadas por Taques, conforme explicou o presidente do partido em Mato Grosso, deputado federal Nilson Leitão, com o objetivo de discutir as filiações de novas lideranças.

Mesmo mantendo um certo distanciamento, no PSDB, o governador já assume um discurso partidário que tinha deixado de lado há muito tempo quando estava nos quadros do PDT. “Hoje, em detrimento da quantidade, as democracias mais modernas buscam a qualidade de seus quadros. Nós queremos é que o PSDB possa, não inchar, mas ter um crescimento razoável de um partido forte como é, exige e deseja”, destacou.

A expectativa é de que a escolha do futuro partidário pudesse influenciar uma série de lideranças a acompanhá-lo na nova sigla. Especialmente no caso dos prefeitos e pré-candidatos que pretendem disputar o pleito de 2016, a mudança de partido deve ocorrer até o fim deste mês.

Segundo Leitão, as conversas estão adiantadas com sete prefeitos para se filiarem à legenda e a comissão deverá avaliar os critérios para o ingresso dos demais, já que a vinda de Taques gerou a especulação de que até 30 chefes de executivo teriam intenção de acompanhá-lo. Já no Governo, a mudança partidária não deve ter qualquer impacto. O governador descarta qualquer alteração em seu secretariado no momento. “Eu entrei no PSDB, o PSDB não vai aden-trar no Governo”, disse.