O vereador de Tangará da Serra (212 km de Cuiabá), Maurício Escobar (PL), rebateu as acusações de transfobia após apresentar o projeto de lei que restringe a participação de atletas transexuais em competições esportivas com atletas cis-gêneros, ou seja, que se identificam com gênero de nascimento. Como já noticiado, a proposta foi apresentada na terça-feira (17) e recebeu pedido de vista.
Conforme o vereador, seu projeto de lei é uma recomendação nacional de grupo de parlamentares ligados ao bolsonarismo, por uma ideologia comum. Por isso, apresentou no parlamento e negou que a possível a medida seja destinada a uma atleta em específico, Tayra Victoria, como foi levantado na cidade. A jogadora gravou vídeo nas redes sociais denunciando o preconceito sofrido.
“Eu não sei nem quem é ela. Esse projeto não surgiu para repreender uma pessoa em si, foi com o intuito de proteger a mulher. Porque o homem, biologicamente, é mais forte do que a mulher. Eu faço parte de um grupo de vereadores conservadores no Brasil inteiro e esse grupo é o grupo da direita, sobre pautas nacionais que é discutir no óbvio", explicou.
Questionado se havia feito algum estudo ou testemunhado caso de desvantagem em competições envolvendo transexuais, o vereador afirmou não ter conhecimento, mas propôs o projeto como "prevenção".
“Eu não tenho número. Nós, teoricamente, trabalhamos mais com a prevenção, porque nós somos um Estado mais à direita, protegemos as mulheres, inclusive, depois que deu todo esse rebuliço, eu recebi no meu direct mensagem de meninas que jogavam lá no time de Tangará e relataram: ‘ó, a gente saiu do time por conta dessa moça, que estava jogando com a gente, que ela sacava muito forte e a gente ficou com o braço machucado, a gente tá com você”, argumentou.
Por último, Escobar reiterou que não irá retirar o projeto da Câmara, por ser algo que acredita veemente.
“O meu intuito é unicamente, exclusivamente, defender a mulher, eu não tenho nada contra CPF de ninguém”, finalizou.