Economia

Quarta-Feira, 12 de Março de 2025, 11h20

ESQUEMA

Justiça nega unificar ações contra engenheira por golpes ambientais em MT

Grupo sofreu bloqueio de R$ 5,8 milhões

DIEGO FREDERICI

Da Redação

 

A juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Alethea Assunção Santos, negou unificar processos derivados da operação “Polygonum” - que apura fraudes no Cadastro Ambiental Rural (CAR), utilizado para controle de desmatamento e regularização fundiária -, com uma ação contra Luana Gasparoto. Ela responde por outros crimes ambientais, além de lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Em decisão proferida na última segunda-feira (10) a juíza explicou que embora as suspeitas contra Luana Gasparoto tivessem começado na operação “Polygonum”, as investigações teriam identificado uma organização criminosa liderada pela ré especializada em fraudes ambientais. “Assim, ao que se vê, é que, com o desdobramento da Operação Polygonum, o Ministério Público achou por bem cindir a acusação, que ensejaram denúncias por fatos distintos, não havendo que se falar em conexão probatória”, esclareceu a magistrada.

A juíza também intimou 9 pessoas para prestar depoimento na condição de testemunha no dia 24 de setembro de 2025 - entre elas a secretária de Estado de Meio Ambiente (Sema), Mauren Lazzaretti, a delegada da Polícia Judiciária Civil (PJC), Alessandra Saturnino de Souza Cozzolino e a ex-superintendente do Ibama, Livia Karina Passos Martins. Segundo a denúncia, Luana teria agido com outros membros da suposta organização criminosa para cometer as fraudes entre os anos de 2017 e 2021.

“Luana Ribeiro Gasparotto, Flaviano Ferreira da Silva, Eunice Martins Gasparotto Piereti, Deoclides de Lima e Douglas Henrique Ribeiro Piereti, com consciência e vontade, em unidade de desígnios e cooperação de condutas, teriam ocultado ou dissimulado a natureza, origem, localização, disposição, movimentação ou propriedade de bens, direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente, em tese, de infrações penais”, diz a denúncia.

O grupo sofreu um sequestro de diversos bens no início de 2024, que incluiu propriedades rurais, veículos de passeio, caminhões e maquinários agrícolas, além do bloqueio de R$ 5,8 milhões.

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