Sexta-Feira, 22 de Outubro de 2021, 08h33
NEPOTISMO
Ex-secretário é condenado por nomear esposa do sobrinho na AL
Luiz Márcio Pommot foi secretário de finanças da AL e responde a diversos processos
DIEGO FREDERICI
Da Redação
A juíza da Vara de Ação Civil Pública e Ação Popular do Tribunal de Justiça (TJMT), Celia Regina Vidotti, condenou por improbidade administrativa o ex-secretário de finanças da Assembleia Legislativa (ALMT), Luiz Márcio Bastos Pommot. Ele cometeu nepotismo ao nomear a esposa de seu sobrinho na pasta, entre os anos de 2009 e 2013.
Com a condenação, proferida no último dia 20 de outubro, Luiz Márcio Bastos Pommot não poderá contratar com o poder público nem receber incentivos fiscais por três anos, e deverá pagar uma multa dez vezes maior do que o salário que recebia à época. A sentença também atinge sua “sobrinha”, Ana Carolina Defendi. Os valores ainda serão calculados.
Em sua decisão o juiz revelou que na admissão da servidora, que atuava como assessora adjunta, não foi informado que possuía parentesco no órgão. “E é exatamente no consentimento do requerido em relação à disposição da requerida, para exercer cargo comissionado sob sua chefia direta; e na declaração falsa de ausência de vínculo de parentesco subscrita pela requerida Ana Carolina, reside o dolo como elementar suficiente para qualificar o nepotismo e caracterizar a prática do ato de improbidade administrativa. Ademais, é evidente que a prática do nepotismo é incompatível com os princípios que regem a administração pública, assim como com preceitos morais e éticos”, diz trecho dos autos.
De acordo com informações do processo, Ana Carolina Defendi sempre foi subordinada à Luiz Bastos Pommot enquanto ocupava o cargo comissionado no Poder Legislativo e só foi exonerada “após a intervenção do Ministério Público, que requisitou informações a ALMT sobre a sua contratação”.
Luiz Márcio Bastos Pommot já foi considerado o “braço direito” do ex-deputado estadual, e ex-presidente da AL-MT, José Riva. Ele chegou a ser preso em outubro de 2015 durante a operação Ventríloquo, que apura um desvio de quase R$ 10 milhões nos cofres públicos do Poder Legislativo.
Pommot também já teve a estabilidade funcional de seu cargo anulada pelo Poder Judiciário Estadual em razão de não ter realizado concurso público e se valido de averbações falsas para se beneficiar de um dispositivo constitucional que prevê a estabilidade no cargo a esses tipos de servidores.
O ex-secretário da AL-MT também firmou um acordo de colaboração premiada com o Ministério Público do Estado (MPMT) para relatar fraudes no Poder Legislativo Estadual.
JOAO SANTOS | 22/10/2021 10:10:11
Se essa moda pega, haverá muitos a serem condenados, uma vez que essa prática é recorrente em todos os órgãos públicos, em especial os de nivel estadual e municipal. A maioria dos comissionados e terceirizados são parentes de algum polÃtico ou gestor. A administração pública é um verdadeiro cabide de emprego.
TCE manda Naco investigar prefeito por suspeita de desvio em "asfalto de blocos" em MT
Terça-Feira, 29.07.2025 23h10
TRE nega cassar prefeito acusado de "usar e abusar" da máquina em MT
Terça-Feira, 29.07.2025 23h08
PL enquadra 2 vereadores em VG e avisa: "não somos imbecis"
Terça-Feira, 29.07.2025 21h58
STF vê "barrigada" de Cuiabá e nega suspender FPM como garantia
Terça-Feira, 29.07.2025 21h50
Abílio cutuca EP: "agora é troca por melhoria e não por polícia"
Terça-Feira, 29.07.2025 19h39