Política

Sexta-Feira, 10 de Julho de 2015, 01h37

OPERAÇÃO VENTRÍLOQUO

Gaeco cruza dados e já chega a 31 investigados por fraude na AL

Pessoas físicas e jurídicas são ouvidas por promotores

RAFAEL COSTA

Da Redação

 

Dos 31 investigados pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) na Operação Ventríloquo pela suspeita de receber parte dos R$ 9,032 milhões desviados da Assembleia Legislativa, 14 deles foram conduzidos coercitivamente para prestar depoimento aos promotores de Justiça. São pessoas físicas e jurídicas consideradas peças chaves no esquema, pois são suspeitas de receber dinheiro para aparentar certa legalidade como se fosse resultado de uma transação financeira.

As investigações indicam que o pagamento de R$ 9,2 milhões deveria ser feito ao HSBC Seguros. Porém, foi pago imediatamente na conta do advogado Joaquim Fábio Mielli Camargo  diante do acordo de repassar 50% do valor ao ex-deputado estadual José Riva (PSD).

O ex-parlamentar indicou as empresas para receber a quantia desviada. Na relação dos alvos obtida com exclusividade pelo FOLHAMAX consta a ex-assessora técnica jurídica da Assembleia Legislativa, Ana Paula Ferrari Aguiar; Anderson Flávio de Godoi, advogado e ex-procurador da Assembleia Legislativa; Rodrigo Santiago Frison - sócio-proprietário da empresa Canal Livre Comércio e Serviços LTDA; e Marcelo Henrique Cini, ambos sócios-proprietários da empresa Cini & Cavalcante LTDA. 

A lista se completa com outros empresários que são José Antônio Lopes, sócio-proprietário das empresas FH Comércio de Combustíveis LTDA e Rede Shop Comércio de Combustíveis LTDA; Patrícia Fernanda da Silva, sócia-proprietária da empresa FH Comércio de Combustíveis LTDA; Renato de Abreu, sócio-proprietário da empresa Globo Indústria e Comércio de Alimentos LTDA-ME; Thiago Calacá Pedroso, sócio-proprietário da empresa Globo Indústria e Comércio de Alimentos LTDA-ME. Há ainda Claudinei Teixeira Diniz e Valquíria Marques Souza Diniz, sócios-proprietária da Miramed Comércio e Representações LTDA;  Sidney Pereira Machado, sócio-proprietário da Rede Shop Comércio de Combustíveis LTDA, e o suplente de senador José Aparecido dos Santos , o Cidinho, e sua esposa Marli Becker, ambos sócios-proprietário da União Avícola Agroindustrial LTDA. 

Deflagrada há pouco mais de uma semana, a "Operação Ventríloquo", prendeu o ex-deputado José Riva (PSD) e o ex-secretário geral Márcio Luiz Bastos Pommot por suspeita de comandar o esquema. Riva foi solto no mesmo dia através de uma decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) e Márcio Pommot continua detido no centro de custódia de Cuiabá.

OUTROS ALVOS

Outros investigados que não sofreram condução coercitiva e tampouco tiveram mandados de prisão expedidos contra si o empresário Adir do Campo Leonel, Jânio Lopes Taledo, João Carlos Di Gênio, Roberto Bavaresco, Laura Beatriz Gomes da Mota Costa, Regiane Bezerra Silva Asevedo, Sebastião Filho Correa Vilela, José Antônio Lopes, Patricia Fernanda da Silva, Marcia de Souza Daltro Caravellas e Reinaldo José Caravellas. Os nomes deles constam no relatório de inteligência do Gaeco.

 


 


 

 

 

 

Comentários (7)

  • ROBERTO RUAS |  10/07/2015 16:04:07

    Pelo jeito 50% do dinheiro que circula em MT é proveniente de corrupção e drogas . os outros 50% são os nossos impostos. Depois ainda vem uns desgraçados aqui defender esse riva . Tudo que é porcaria nesse estado essa ratazana tá no meio. Estou de saco cheio de ver tanta roubalheira nesse estado tomado por bandidos.

  • Elifas Ribeiro  |  10/07/2015 11:11:50

    Veja só o caso Virceu Marcheti saiu tudo direitinho conforme o script o contratante garantiu ao contratado que ele poderia fazer o "serviço " que não iria dar em nada.

  • lelo |  10/07/2015 11:11:50

    O Gaeco, MP, deve sempre apresentar as fotos desta turma que assalta os cofres públicos,porque assim podemos saber o tipo de vizinho que temos, desta pessoas que fica milionaria em pouco tempo com dinheiro público,e podemos orientar nossos filhos que dinheiro para ganhar conquista trabalhando, a 90 dias a impressa divulgou festival de pagamentos de cartas precatórias paga e de repente esta tudo esquecido.

  • Pau Rodado |  10/07/2015 09:09:32

    A diferença entre este caso com os ladrões de banco é que estes usam o poder enquanto aqueles usam dinamite! mas o resultado é o mesmo (rombos) e a pena também deveria... Esse RSF tem várias aeronaves em seu nome adquiridas a pouco tempo alem de empresas de factoring (digo agiotagem) etc. GAECO nossa sociedade agradece encarecidamente pela presteza... Temos que ficar de olho em nosso judiciário (...)

  • carla |  10/07/2015 08:08:57

    nao entendo quando diz desvio 9 milhoes da AL, não foi um pagamento que assembleia efetuou a um advogado do HSBC, e esse tal advogado embolsou o dinheiro e não repassou ao banco HSBC?????? a tal operação resultou de uma ação que o banco HSBC executou contra o tal advogado que recebeu e não repassou ao banco, quem tem que ser acusado de fraude é o advogado

  • Antonio Carlos |  10/07/2015 08:08:37

    O Brasil precisa sentir na pele que o crime não compensa. Parecia que compensava, mas, diante dos acontecimentos quanto assistimos tantas pessoas consideradas "intocáveis" indo pra cadeia, acredito que muitos protótipos de estelionatários do dinheiro público pensará duas vezes antes de enveredar pela mau caminho. O que aguardo são as sentenças condenando esses estelionatários a passarem merecidas férias compulsórias na Carumbé por um bom tempo. Parabéns ao MP, Polícia Federal e Gaeco.

  • Araújo |  10/07/2015 08:08:26

    Bela verdade que o A.C .mais importante que tudo isso são as sentenças...... Devolverem tudo que surrupiaram , perderem cargos públicos , ficarem presos é importante mas não é o suficiente para a sociedade sentir realmente que a justiça foi feita .

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