O governador Mauro Mendes (UB) chamou de cortina de fumaça o decreto do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB) que autoriza uma auditoria no número de mortes registradas no Hospital São Benedito durante o período interventivo, além de alertar os órgãos de controle sobre o decreto de estado de calamidade pública na saúde da Capital. 

Os decretos foram assinados nesta quinta-feira (8) e o primeiro tem validade de 30 dias. Já o de calamidade pública na Saúde tem previsão de vigorar por 90 dias e pode ser prorrogado e tem como objetivo buscar ajuda do Ministério da Saúde e também do Governo do Estado para angariar recursos para suprir as necessidade da Secretaria Municipal de Saúde. 

O gabinete de Intervenção relembrou as inúmeras irregularidades e operações policiais que já foram deflagradas na Pasta. O posicionamento foi endossado pelo gestor estadual nesta sexta-feira (9) à imprensa. 

"Abram os olhos  os órgãos de controle. Ele está querendo abrir uma porta para aquilo que nós tivemos.  Ele já é o recordista mundial de esquema de corrupção. O Guinness Book deve vir por aí, porque eu desconheço, no Brasil e talvez no mundo civilizado, uma prefeitura que teve 19 operações da Polícia Federal, do Ministério Público, da Polícia de Combate à Corrupção (Deccor)", alertou o gestor. 

Sobre a auditoria no número de mortes registadas no Hospital São Benedito ao longo da intervenção, Mendes, que já foi prefeito da capital, analisou como uma "cortina de fumaça". "O que ele está fazendo é exatamente isso, criar uma cortina de fumaça para aumentar os escândalos de corrupção na prefeitura", avaliou. 

O governador mencionou ainda outros problemas enfrentados pela gestão do emedebista, a qual classifica como "caótica". "O caos que é a administração dele, atolada em buracos, escândalos financeiros. Ao meu ver, a pior da história da nossa Cuiabá de mais de 300 anos", disparou Mauro Mendes.