Política

Segunda-Feira, 03 de Setembro de 2018, 22h04

FUNCIONALISMO

Taques descarta diminuir máquina pública

Celly Silva

Gazeta Digital

 

Ao participar do encontro com candidatos ao governo do Estado com as entidades do agronegócio, nesta segunda-feira (3), o governador Pedro Taques (PSDB) justificou os gastos de recursos destacando que a maioria foi utilizada com o funcionalismo público, não restando muito para fazer investimentos. O tucano também fez comparações entre a gestão do ex-governador Silval Barbosa e seu governo. “Tudo o que ocorre hoje em Mato Grosso é culpa do Pedro Taques. Quero revelar o tamanho do Estado, alguns desconhecem e dizem que precisamos diminuir o tamanho do Estado. Eu defendo, já fiz isso como senador da República. Mato Grosso tem 100 mil servidores, desses 30 mil aposentados”, disse. Nesse ponto, o tucano afirmou que o dinheiro arrecadado não é suficiente para pagar as aposentadorias dos servidores e que chegou a retirar da Fonte 100, ou seja, do Tesouro Estadual para cumprir os pagamentos, diante do deficit.

Taques lembrou que apresentou projeto para aumentar a alíquota da contribuição de 11% para 14%, mas que perdeu no Conselho da Previdência e que não pode apresentar projeto de lei na Assembleia Legislativa sem aprovação no conselho. Segundo ele, a solução é uma reforma constitucional da Previdência para aplicar ao Estado. “Quem afirmar que a reforma é feita aqui no Estado está equivocado. A reforma precisa ser feita nacionalmente”, afirmou.

Ainda sobre o funcionalismo público, o governador e candidato à reeleição destacou que dos 70 mil servidores na ativa, 40 mil estão lotados na Educação. “Não podemos mandar os professores embora. Aliás, quando assumimos, Mato Grosso era um dos piores no ranking nacional, na 26ª posição e hoje é um dos que mais melhorou”, disse.

O candidato também afirmou que 15 mil servidores estão na Segurança Pública e que, graças ao aumento no efetivo, foi possível reduzir as taxa de homicídios, por exemplo, em 30% em Cuiabá e 60% em Sorriso; reduzir o roubo em 25% e os furtos em 15% em relação a 2017. Na área da Saúde, o governador lembrou que há 30 anos não houve construção de hospital em Cuiabá e disse que o Hospital São Benedito só funcionou porque o Estado bancou, assim como banca 16 hospitais municipais no interior.

O tucano ainda apontou para as gestões anteriores a culpa para problemas que tiveram que ser assumidos por ele, como as leis de carreira que aumentaram os gastos do governo com pessoal. “Direito adquirido não pode ser subtraído”, destacou. Pedro Taques também citou as obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e a dívida com o Bank of America, deixadas pela gestão Silval Barbosa. “Alguns dizem que nós quebramos o Estado. Nós economizamos R$ 1,1 bilhão”.  

Afirmando ser honesto, Taques ainda lembrou da corrupção do governo Silval dizendo que aumentou a frota da segurança pública gastando metade do combustível, se referindo à operação Sodoma, que apontou desvios nos recursos da Secretaria de Infraestrutura na gestão anterior e ainda se afirmando o governador mais pobre do Brasil, sem terras e sem ter feito caixa de campanha durante o governo. "Eu não vou fazer o diabo para ser eleito"

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