O senador Wellington Fagundes (PL-MT) intensificou nesta quarta-feira (9) a articulação política em defesa da duplicação da BR-163, no trecho entre Sinop e Guarantã do Norte, em Mato Grosso. Em visitas institucionais aos ministros Augusto Nardes e Antônio Anastasia, do Tribunal de Contas da União (TCU), o parlamentar cobrou celeridade na análise da proposta de repactuação do contrato de concessão da rodovia, atualmente sob responsabilidade da empresa Via Brasil. "A duplicação da BR-163 não é apenas uma pauta de infraestrutura. É uma urgência humanitária. Cada quilômetro duplicado representa uma vida preservada. O que está em jogo é a segurança de quem produz, de quem trabalha e de quem move o Brasil", afirmou o senador.

A agenda desta quarta ocorreu após o Painel de Referência da Comissão de Solução Consensual da Via Brasil, promovido no último dia 2 de julho pelo próprio TCU. O encontro reuniu representantes do Ministério dos Transportes, ANTT, DNIT, CNT, prefeitos, vereadores, parlamentares e lideranças do Norte de Mato Grosso — como o vice-prefeito de Sinop, Paulinho Abreu, e o deputado estadual Diego Guimarães — e foi marcado por uma mensagem consensual: a duplicação é inadiável.

Durante a audiência no TCU, o ministro Augusto Nardes reafirmou o compromisso da Corte com a seriedade da análise técnica. “Estamos acompanhando com responsabilidade e foco nos impactos positivos dessa obra. Mato Grosso tem um papel estratégico para o Brasil e essa duplicação precisa acontecer de forma planejada, com boa governança e segurança jurídica”, declarou.

Já o ministro Antônio Anastasia explicou que o processo está em fase de análise pela área técnica do tribunal. “A tramitação está sendo conduzida com atenção e senso de urgência. Sabemos da relevância nacional desse trecho da BR-163”, afirmou.

A proposta da Via Brasil, hoje em análise pelo TCU, prevê:

Duplicação de 245,8 km da BR-163 em Mato Grosso (93% da extensão total da concessão no estado);

Implantação de 47,4 km de faixas adicionais no Pará;

Investimento total estimado em R$ 8,95 bilhões, quase quatro vezes mais que o valor previsto no contrato original;

Extensão do prazo de concessão por mais 15 anos;

Reajuste de aproximadamente 12% na tarifa básica de pedágio;

E melhorias adicionais como marginais, passarelas, acessos, iluminação, além da extinção de litígios judiciais e início imediato das obras prioritárias.

Para o senador, não há mais tempo a perder. “Essa rodovia é a espinha dorsal do agronegócio brasileiro. Por ela escoamos nossa produção, geramos empregos e impulsionamos a economia. Mas ela também precisa oferecer dignidade e segurança a quem nela trafega todos os dias. Com articulação política, vontade de fazer e responsabilidade técnica, essa obra vai acontecer. E eu não vou descansar enquanto a duplicação não estiver no chão”, assegurou.

Em 2024, Mato Grosso colheu mais de 95 milhões de toneladas de grãos, sendo boa parte transportada pela BR-163 até os portos do Arco Norte. Para Wellington Fagundes, duplicar essa rodovia é garantir a competitividade do Brasil e preservar vidas no caminho do progresso