O comandante-geral do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso, coronel Alessandro Borges Ferreira, concedeu licença para tratamento de saúde ao capitão Daniel Alves de Mourae Silva, conhecido como D'Louco, denunciado pelo homicídio duplamente qualificado do aluno soldado Lucas Veloso Peres. A decisão foi publicada no Diario Oficial do Estado (Iomat) nesta segunda-feira (3) e a licença será válida por dois meses.
"Comandante Geral do CBM-MT no uso de suas atribuições que lhes são conferidas por lei, resolve: deferirlicença para tratamento de saúde a Daniel Alves de Moura e Silva, capitão lotado na 10ª Companhia Independente Bombeiro Militar de Sorriso. A parti de 10/05/2024 até 08/07/2024", informa o boletim.
O capitão e soldado Kayk Gomes dos Santos foram denunciados pelo Ministério Público de Mato Grosso (MP-MT) pela morte de Veloso ocorrida em fevereiro deste ano, durante um procedimento de instrução de salvamento aquático realizado na Lagoa Trevisan, em Cuiabá. Na denúncia, o MPMT detalhou toda a tortura sofrida pela vítima e requereu ainda a fixação de valor mínimo para reparação dos danos causados em favor dos familiares.
Após a denuncia da 13ª Promotoria de Justiça Criminal de Cuiabá - Crimes Militares, o capitão pediu a anulação do inquérito policial militar (IPM) por meio de sua defesa que apontou supostas irregularidades. Além disso destacou que o capitão já teve seus serviços enaltecidos em outras ocasiões, mas agora está sendo “crucificado”.
O CRIME - Lucas Veloso se afogou no dia 27 de fevereiro durante um curso de salvamento militar na Lagoa Trevisan, em Cuiabá. Seus amigos afirmam que ele sofreu um caldo durante o treinamento. O caldo é um ato que consiste em afundar a cabeça do aluno na água com o intuito de testar sua resistência. Veloso era natural da cidade de Caiapônia, em Goiás.
Um laudo da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) apontou que o jovem morreu vítima de afogamento. Inicialmente, havia alegação de que a morte durante o treinamento teria sido decorrente de um "mal súbito". No entanto, conforme a denuncia, após percorrer aproximadamente 100m da travessia a nado, o aluno passou a ter dificuldades na flutuação e parou para se recompor, utilizando o Life Belt.
Desconsiderando o estado de exaustão do soldado, o capitão determinou que ele soltasse o flutuador e continuasse o nado. A vítima tentou continuar a atividade por diversas vezes, voltando a buscar o flutuador em razão das dificuldades. O capitão insistiu para que o soldado soltasse o equipamento de segurança, proferindo ameaças, até que determinou ao codenunciado Sd BM Kayk Gomes dos Santos que retirasse o flutuador da vítima. O monitor retirou o Life Belt da vítima e lhe deu “vários e reiterados caldos”.
Desesperado e com intenso sofrimento físico e mental, Lucas passou a clamar por socorro e pedir para sair da água. O capitão, que estava em uma prancha, desceu do equipamento, ordenou que os alunos continuassem a travessia e disse que supervisionaria a vítima. Ele se posicionou à frente do aluno quando percebeu que ele submergiu. Ao retornar à superfície, Lucas Veloso Peres estava inconsciente. A vítima foi colocada na embarcação e imediatamente constatada que “não havia pulsação carotídea, e, portanto, havia entrado em parada cardiorrespiratória”. O aluno faleceu no local.
Fagner Lemos
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