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MUDANÇA CLIMÁTICA

Cuiabá corre risco de inundações, mas usina amenizaria impactos

Maior enchente da história da capital aconteceu há 50 anos

G1

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cuiaba aerea

 

Em meio aos temporais que tem atingido o Rio Grande do Sul, o g1 conversou com dois especialistas sobre a possibilidade inundações semelhantes em Cuiabá. Em março de 1974, a capital mato-grossense sofreu com enchentes que fizeram o Rio Cuiabá chegar aos 10,87 metros.

O geólogo Caiubi Kuhn disse que pelo estado já possuir um histórico de inundações existe sim a possibilidade de ocorrer novamente, principalmente por causa das mudanças climáticas. No entanto, ele afirmou que não inundaria a capital por completo.

"É muito difícil um evento que consiga alagar toda a região de Cuiabá, mas as regiões mais baixas estão suscetíveis. Áreas próximas ao rio que foram impactadas em 74 voltaram a ser ocupadas por moradores, então hoje, caso viesse a ocorrer uma nova enchente, essas áreas seriam impactadas também", disse.

Ainda de acordo com o geólogo, caso um episódio de inundação acontecesse nos dias atuais, a barragem da Usina Hidrelétrica de Manso, em Chapada dos Guimarães, ajudaria a conter o impacto. Já o arquiteto urbanista, Enodes Soares, contou que após a inundação de 74, o governou municipal investiu na construção da Avenida Beira Rio, de maneira mais alta, como forma de evitar novas enchentes.

"Infelizmente, nem Cuiabá e Várzea Grande possuem grandes obras contra esse processo de cheia dos rios. É necessário que as cidades façam planos de drenagem municipal e esses planos precisam levar em consideração as cheias do rio Cuiabá", disse.

A Casa Civil do Governo Federal realizou um levantamento em 2023 apontando que 1,9 mil cidades em todo o país estão suscetíveis a desastres ocasionados por chuvas e devem ser priorizadas nas ações da União em gestão de riscos e desastres naturais.

Em Mato Grosso, 40 municípios têm maior risco de deslizamentos de solo e de inundações. Cuiabá e Várzea Grande estão entre as cidades citadas. O estudo levou em consideração quatro critérios: cidades que tiveram mortes relacionadas a desastres no período entre 1991 e 2002; que tiveram 900 ou mais pessoas desalojadas; pelo menos 500 em áreas de risco; mais de 400 dias com chuvas acima de 50 milímetros entre 1981 e 2022.

No dia 18 de março de 1974, o Rio Cuiabá atingiu 10,87 metros depois de fortes chuvas, que protagonizaram a maior enchente da capital mato-grossense.

Segundo a Defesa Civil estadual, à época, 24 mil pessoas ficaram desabrigadas após a água invadir casas e regiões. A força da água foi tão grande que inundou e fez desaparecer até alguns bairros ribeirinhos como Barcelos, Várzea Ana Poupino e o Bairro Terceiro.

O Bairro Novo Terceiro e Grande Terceiro foram construídos para receberem a comunidade desabrigada atingida pela enchente. As famílias receberam indenizações e casas para morar, mas, que de acordo com as famílias, não foram suficientes.

A situação de calamidade pública não foi apenas em Cuiabá. O caos também atingiu Várzea Grande, região metropolitana, e outros seis municípios ribeirinhos abastecidos pelo Rio Cuiabá.

Após a enchente e desapropriação, o cais na beira do Rio Cuiabá é o único lugar do Bairro Velho Terceiro que permanece até os dias de hoje e virou local símbolo do que foi um dia a comunidade que viveu na região.





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Comentários (15)

  • Fabio Cecílio da mota

    Terça-Feira, 14 de Maio de 2024, 15h18
  • Boa tarde. Gostaria de levantar uma observação sobre esse assunto,que está uma polêmica grandiosa . Quero sugerir que levem adiante a observação. Veja em Israel são tão preparados para guerra que tem suas sirene ? para avisar o povo contra ataques inimigos. Aqui deveria pegar a ideia tanto para esses desastre naturais quanto para guerra. Para pode avisar o povo da cidade quanto as situações como está no Rio Grande do Sul. Estou falando isso não só para garantir minha segura e da minha família. Mas de todas as famílias, Os municípios deveriam urgentemente colocar sirene de aviso nas cidades brasileiras. Para dar aviso a população
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  • Fagundes

    Terça-Feira, 14 de Maio de 2024, 11h18
  • Que materia sensacionalista e sem nexo.
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  • Eduardo

    Terça-Feira, 14 de Maio de 2024, 10h32
  • Eu entro aqui só pra ler erros de português!
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  • Ô Carlão....

    Terça-Feira, 14 de Maio de 2024, 08h40
  • Você parece meio burrinho, mas vou tentar te explicar. O mundo sempre teve ciclos de cheias e secas periódicas, como essa cheia de 1974 que você cita. O que ocorre, caro néscio, é que as mudanças climáticas e o aquecimento global estão fazendo esses ciclos MAIS FREQUENTES E MAIS INTENSOS. Procure no dicionário o significado das palavras FREQUENTE e INTENSO. No RS, por exemplo, teve inundação em 2023. A próxima seria quando? Em 2040? Já veio em 2024!! O Pantanal teve seca e incêndios em 2020. A próxima seria quando? 2032? Não, veio em 2022, 2023, e não choveu em novembro dezembro, janeiro. Desculpe, mas não dá pra desenhar aqui, não dá para te explicar melhor. Agora, me responde: você é um desse barões bilonários do agro que não está nem aí, ou você é só um puxa-saco mesmo? Meu palpite: é só um puxa-saco deles esmo. Com todos os bilhões, quando aqui estiver 43 graus eles vão estar em um resort na Suiça, a tarefa de defendê-los na internet é tarefa de puxa-sacos como você.
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  • Pedro

    Segunda-Feira, 13 de Maio de 2024, 21h28
  • Olhem para os lados, olhem as ruas. Cuiabá está tomada pelo lixo. É lixo por todos os lados. Esse é o maior desastre ambiental que nossa cidade está sofrendo e ninguém percebe. O pior é que parece que a população já se acostumou com tanta sujeira e tanto lixo. Cuiabá está em total abandono. Triste demais o que esse desgoverno municipal do Paletó fez com nossa Capital.
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  • Odir Santos de Arruda

    Segunda-Feira, 13 de Maio de 2024, 20h21
  • Nunca já mais se subestima a força da natureza,por mais que aos olhos dos especialistas dizem que é muito difíceis, basta acontecer o que aconteceu com Titanic ?
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  • Eu mesmo

    Segunda-Feira, 13 de Maio de 2024, 17h48
  • Só não pode alagar a AmBev senão lascou
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  • Lucy

    Segunda-Feira, 13 de Maio de 2024, 16h23
  • O nosso problema com a.mudanca climática talvez não seja alagamento, ou cheia do receio Cuiabá, e sim o calor. Estamos em.maio a temperatura está muito alta para o mês. Pensemos nos.meses já tradicionalmente quentes. Chegaremos a quantos graus acima de 40?
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  • Leandro

    Segunda-Feira, 13 de Maio de 2024, 16h01
  • Reportagem bem completa hein...
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  • Palpiteiro

    Segunda-Feira, 13 de Maio de 2024, 15h50
  • Do jeito que está indo, vai ter uma inundação de lixo,é lixo pra todo lado, a gente liga lá PQP e eles falam "em nota" HÁ VTNC.
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  • Carlão Ferreira

    Segunda-Feira, 13 de Maio de 2024, 12h07
  • Ao comentarista "não se preocupem" em 1.974 quanto houve grande inundação que chegou próximo a Paróquia São Gonçalo será que foi o Agro? Aumento da temperatura global?. Posso te assegurar que não faltará proteina vegetal a esquerda herbivora e vc e os da sua espécie estarão com a sobrevivência garantida,
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  • Não se preocupem - 2

    Segunda-Feira, 13 de Maio de 2024, 12h06
  • Os governantes falaram que a população não precisa se preocupar, que eles já moram em condomínios e prédios de luxo nas partes mais altas da cidade, e que em caso de inundação dispõe de helicópteros para conduzi-los em segurança. Povo cuiabano, podem dormir tranquilos, essa vitória é de vocês.
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  • Cidade Verde já era

    Segunda-Feira, 13 de Maio de 2024, 11h31
  • Enquanto isso ainda permitem a construção de condomínios horizontais inúteis que dizem possuir dezenas de lagos naturais para uso privativo. Na prática extinguem áreas alagáveis que poderiam mitigar desastres naturais, além de mais pavimentação desnecessária, o que aumenta o calor infernal desta região.
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  • Antonio

    Segunda-Feira, 13 de Maio de 2024, 11h25
  • Conversa mais besta desse " não se preocupem" ou está com sarcasmo. O governo não tem feio um trabalho adequado na área que compete ao tema Ambiental, ocupação territorial. Tem 20 anos que tem um Zoneamento Sócio Econômico ecológico pra ser aprovado, mas vai na AL e volta, Vai e volta. Enquanto o Governo não faz a parte dele para aprovar os segmentos econômicos vão se aproveitando pra ocupar áreas que não deveriam, drenar áreas húmidas do pantanal para plantio de soja, não respeitando a legislação sobre reservas obrigatórios nas propriedades, proteção de cabeceiras de rio, Garimpagem em terra indígenas e toda sorte de irregularidades que se possa imaginar. O resultado tá ai acontecendo e vai piorar. O Boisonaro e o ministro do meio ambiente (Salles) passaram a boiada, mas agora retornou o retorno chegou. Tomara que o Comunismo atual seja capaz de frear a ganancia do agro
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  • Não se preocupem

    Segunda-Feira, 13 de Maio de 2024, 10h13
  • O governo está agindo, está evitando destinar novas áreas para preservação, tentando autorizar a exploração econômica das já existentes, dando todo apoio aos barões do agro, defendendo plantio em terras indígenas, expansão de garimpos, combatendo o ICMBio...tudo isso com certeza vai contribuir, e muito, para diminuir o impacto das mudança climáticas causadas pelo comunismo. Vai tar çerto, muito çerto, podem esperar.
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