Família cobra resposta sobre desaparecimento de busto

 

O busto em homenagem a professora Ana Maria do Couto, May, foi furtado do púlpito há 10 meses e a família cobra resposta da Prefeitura de Cuiabá sobre o desaparecimento. O local onde estava o monumento permanece vazio, o que os familiares consideram um desrespeito.

“A gente fica muito chateada com essa situação. Cobramos e não temos resposta. Protocolei pedido de resposta na prefeitura, mas não fui respondida. Enquanto isso o busto na minha tia segue desaparecido. É um desrespeito com o que ela representa para Cuiabá”, reclama a sobrinha de Ana Maria, Telma Couto.

De acordo com a sobrinha, o busto foi doado ao município por Francisca Torres do Couto, mãe de Maria do Couto, e foi colocado na praça May do Couto, assim nominada na gestão do prefeito José Vilanova Torres (1971-1975).

Maria do Couto é destaque por diversos feitos em uma época em que mulheres não tinha espaço na política e na sociedade de modo geral. Foi a primeira vereadora de Cuiabá e presidente da Câmara Municipal. Amante de futebol, foi presidente do time Dom Bosco, formou-se em educação física e também foi presidente do Clube Dom Bosco, próximo a casa onde morou por anos.

Ela também foi professora de educação física no Colégio Liceu Cuiabana. Se formou em História, Contabilidade e Direito, além de ter sido locutora de rádio.

“No próximo dia 17 de outubro de 2021 fará 50 anos do passamento de Ana Maria do Couto, e, parece que a data passará sem que tenha sido tomada qualquer providência a esse respeito”, afirma a sobrinha em documento encaminhado ao GD.

Outro lado

A Prefeitura de Cuiabá foi procurada e encaminhou a seguinte nota:

A Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Lazer informa que está fazendo um levantamento dos monumentos danificados por ação de vândalos e também para a implantação ou restauração de monumentos. Com relação à estátua da professora Ana Maria do Couto, que ficava exposta em uma praça no bairro Bandeirantes, na Capital, a pasta irá implantar outra peça no local,mas somente no ano que vem. O motivo, é por causa dos reflexos causados pela pandemia do novo coronavírus, que exigiu que o Município centrasse esforços para atender às vítimas do vírus.