O desembargador afastado do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), Sebastião de Moraes Filho, confessou ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que o advogado Roberto Zampieri - morto a tiros em Cuiabá em 2023 -, era mesmo um lobista.
O desembargador afastado prestou informações ao corregedor nacional de justiça, membro do CNJ, ministro Mauro Campbell Marques. O magistrado do Poder Judiciário de Mato Grosso foi afastado no dia 1º de agosto de 2024 pelo órgão, acusado de “venda de sentença”.
Nesse sentido, a prestação de informações por parte de Sebastião de Moraes Filho foi realizada numa reclamação disciplinar movida pelo advogado Igor Homar, que acusa o magistrado de venda de sentença num processo de disputa de terras. Antes de morrer, Roberto Zampieri também atuou no caso.
“Nesta mencionada RD, infelizmente, o reclamado foi descaradamente vendido. Mas, quando da defesa feita por este reclamado, comprovado restou que as minhas decisões não foram favoráveis ao indigitado advogado que, infelizmente, foi barbaramente assassinado”, diz o desembargador.
Ainda de acordo com o magistrado afastado, a fama de Zampieri, de vender “juízes e desembargadores”, era conhecida nos “corredores” do Poder Judiciário de Mato Grosso.
“Apenas para o registro, chegava o falecido advogado Roberto ZampierI (Que Deus o tenha) ao cúmulo de vender juízes e desembargadores para ambas às partes e devolvia (quando devolvia) ao que perdia a demanda, segundo comentários nos corredores do Tribunal de Justiça”, confessou o desembargador.
Se dizendo inocente, Sebastião de Moraes Filho cita diversas vezes nos autos que a desembargadora Marilsen Andrade Addario, também alvo da reclamação, é a relatora do processo sobre a disputa de terras que motivou a reclamação disciplinar de Igor Homar.
O desembargador conta que apenas “seguiu” o voto de Marilsen Andrade Addario, e pede que o CNJ autorize sua volta ao TJMT.
“Em nome da verdade constantes e comprovadas, por amor ao direito e a justiça, reanalise questão do afastamento cautelar do reclamado naquele processo e, neste viés, possibilitando, de imediato, seu retorno na jurisdição, restaurando, em parte, a honra e a dignidade do reclamado que, em face de expedientes esdrúxulos e completamente equivocados que foram impingidos ao mesmo, sobretudo, levando em consideração que com quase 40 anos de labor jurisdicional, jamais teve sua ficha funcional maculada”.
O corregedor nacional de justiça ainda não proferiu sua decisão sobre o caso.
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Quarta-Feira, 18 de Setembro de 2024, 22h24Saulo
Quarta-Feira, 18 de Setembro de 2024, 18h11Bia
Quarta-Feira, 18 de Setembro de 2024, 16h38Silêncio
Quarta-Feira, 18 de Setembro de 2024, 14h49Alencar
Quarta-Feira, 18 de Setembro de 2024, 13h58CIDADÃO ATENTO
Quarta-Feira, 18 de Setembro de 2024, 13h30