Funcionários da Eletroconstro, terceirizada responsável por realizar a limpeza urbana e manutenção de calçadas em Várzea Grande, decidiram cruzar os braços nesta semana, por conta da falta de pagamento do 13º salário. A empresa, que foi alvo de investigações do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), já chegou inclusive a ter um contrato com a Prefeitura da cidade suspenso pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) e está em recuperação judicial.
Segundo funcionários da empresa, não é a primeira vez que a Eletroconstro enfrenta dificuldades para honrar o pagamento dos funcionários. Muitos deles relataram que os atrasos de salários são frequentes e, desta vez, sequer há previsão de depósito dos valores referentes ao 13º salário dos colaboradores.
A Eletroconstro Prestação e Terceirização de Serviços Ltda foi alvo da Operação Sócio Oculto, deflagrada pelo Gaeco em abril de 2019, onde é suspeita de participar de uma fraude em licitação e superfaturamento dos serviços de varrição de praças e vias públicas no valor de R$ 48,7 milhões. Em seu plano de recuperação judicial, a empresa afirmou possuir dívidas de pouco mais de R$ 18,2 milhões.
Em 2022, o TCE acatou um pedido de uma empresa para suspender a contratação da Eletroconstro pela Prefeitura de Várzea Grande, em uma licitação de R$ 12,4 milhões. À época, o veto se deu por conta de um apontamento feito pela Prefeitura de Cáceres, que declarava a empresa como inidônea.
No último mês, a Primeira Vara Cível de Falências de Cuiabá acatou um pedido de empresa para que pudesse participar de novos processos de licitação. Por conta da paralisação, não há previsão de quando os funcionários da empresa voltarão às ruas.
jose Maria da Silva e Moura
Segunda-Feira, 23 de Dezembro de 2024, 22h25Cavalo doido
Segunda-Feira, 23 de Dezembro de 2024, 17h59Fábio
Segunda-Feira, 23 de Dezembro de 2024, 15h54Odenil Silva
Segunda-Feira, 23 de Dezembro de 2024, 15h44