A Turma de Câmaras Criminais Reunidas do Tribunal de Justiça (TJMT) manteve as demissões dos ex-policiais militares Elson Luis Moraes e Reverton Nobres da Silva, alvos da operação “Balista”, e que davam “retaguarda” a ladrões de bancos, caixas eletrônicos e postos de combustíveis. Numa das ações criminosos, eles também roubaram 53 bombons.
Os magistrados da Turma de Câmaras Criminais Reunidas seguiram por unanimidade o voto do desembargador Gilberto Giraldelli, relator de duas revisões criminais dos ex-policiais contra a condenação específica de perda de cargo público. A sessão de julgamento ocorreu na tarde desta quinta-feira (17).
Em seu voto, Gilberto Giraldelli considerou que os crimes cometidos pelos PMs são “extremamente graves” e que eles não podem fazer parte da Polícia Militar, além de sofrerem uma pena "alta", de 11 anos e 6 meses. “Eles são dois ex-policiais. São crimes extremamente graves, praticados em concurso com outros envolvidos. Eles eram policiais e no ‘frigir dos ovos’ davam a retaguarda a todos que praticavam esses furtos e roubos. Roubo de caixa eletrônico, de agência bancária e de posto de combustível”, asseverou o magistrado.
A dupla de policiais foi presa no ano de 2011 durante a operação “Balista”, da Polícia Federal. De acordo com o Ministério Público do Estado (MPMT), a quadrilha seria comandada pelos irmãos Genildo Donizete Machado, Genivaldo de Souza Machado e Gilmar Amâncio Machado. À época, por conta da periculosidade da organização criminosa, um forte esquema de segurança envolvendo as forças policiais militares e federais foi montado para garantir a ordem pública durante as audiências.
As viaturas que conduziam todos até o Fórum eram escoltadas pelo helicóptero do Ciopaer. A ameaça protagonizada pelos ex-policiais, entretanto, também escondia um “lado doce”.
Num assalto a um posto de combustíveis em Várzea Grande, na região metropolitana, os agentes de segurança roubaram nada menos do que 53 bombons de chocolate. O processo não informa se eles eram diabéticos.