Polícia Segunda-Feira, 21 de Julho de 2025, 22h:03 | Atualizado:

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QUEIMA DE ARQUIVO

Empresária avisou que mataria advogado: "não vai gastar o que tomou de mim"

Casal é suspeito de pagar R$ 200 mil pelo crime

G1-MT

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O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) denunciou, na sexta-feira (18), o casal de empresários César Jorge Sechi e Julinere Goulart Bastos, apontados como mandantes do assassinato do advogado Renato Nery, em Cuiabá. Eles foram presos no início de maio, em Primavera do Leste, a 239 km da capital.

Eles foram denunciados por homicídio qualificado por motivo torpe, mesmo crime pelo qual a Polícia Civil os indiciou neste mês. De acordo com a denúncia, os dois articularam a morte de Renato motivado por uma discussão judicial envolvendo uma propriedade rural de mais de 12 mil hectares em Novo São Joaquim, a 493 km da capital.

Testemunhas relataram que Julinere demonstrava publicamente o quanto não gostava de Renato, chegando a proferir ameaças, como "ele não ia viver para gastar o que tomou dela". Já César participou igualmente como mentor do crime.

O casal encomendou a morte do advogado por R$ 200 mil, tendo o policial militar Jackson Pereira Barbosa como intermediário. O MPMT também pediu aumento de pena, uma vez que Renato tinha mais de 60 anos quando morreu.

Além do casal, sete policiais militares e o atirador são investigados por envolvimento direto no assassinato de Renato Nery. Veja abaixo quem são:

Caseiro Alex Roberto de Queiroz Silva – atirador;

Sargento da PM Heron Teixeira Pena Vieira – intermediador que recebeu dinheiro, arma e contratou o Alex pra fazer executar;

PM Ícaro Nathan Santos Ferreira – intermediador que forneceu a arma usada e facilitou a transferência do pagamento;

PM Jackson Pereira Barbosa - intermediador que coordenou o crime e realizou pagamentos parciais;

PM Wailson Alessandro Medeiros Ramos - investigado por forjar confronto envolvendo arma do crime;

PM Wekcerlley Benevides de Oliveira - investigado por forjar confronto envolvendo arma do crime;

PM Leandro Cardoso - investigado por forjar confronto envolvendo arma do crime;

PM Jorge Rodrigo Martins - investigado por forjar confronto envolvendo arma do crime.

Negociações e motivo do assassinato

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As investigações apontaram que a morte de Nery foi motivada por disputa de terra. Segundo a polícia, o advogado não temia morrer, mas sim perder suas terras, que tentava transferir para o nome das filhas.

O policial militar Heron confessou ter sido contratado para matar o advogado e que contratou Alex para executar Renato. Ele afirmou à polícia que recebeu R$ 200 mil para matar e, desse valor, pagou R$ 50 mil ao caseiro para a execução.

Nery foi baleado quando chegava no escritório dele, em julho de 2024. Segundo a Polícia Civil, o atirador já estava esperando pelo advogado e, após atirar, fugiu do local em uma moto. Uma câmera de segurança registrou o momento.

Investigações

Em julho, após matar o advogado em frente a um escritório na Avenida Fernando Corrêa da Costa, em Cuiabá, o caseiro fugiu de moto para uma chácara no bairro Capão Grande, em Várzea Grande.

O trajeto foi flagrado por diversas câmeras de segurança e no dia 8 de julho, a polícia conseguiu acesso à última imagem, que mostrava a moto a menos de 2 km da chácara. Com isso, dois dias depois, as equipes procuram a moto na região.

Segundo o delegado Bruno Abreu, a presença da polícia perto da chácara assustou os suspeitos, que tentaram simular um confronto para justificar o abandono da arma do crime e culpar outras pessoas.





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