O influenciador Davi Brito, vencedor do "BBB 24", voltou aos holofotes, desta vez no radar do Ministério Público da Bahia (MP-BA). O órgão recebeu uma denúncia para apurar possíveis irregularidades no projeto social "Ação na rua", idealizado por Davi e anunciado nas redes sociais com promessas ambiciosas: 100 mil cestas básicas seriam distribuídas com ajuda de doações via PIX. O problema? A falta de estrutura legal por trás da iniciativa e o histórico problemático de arrecadações anteriores acenderam o alerta vermelho.
“Se o Ministério Público quiser o CNPJ, tô à disposição pra apresentar. O projeto é pra ajudar o povo, não a mim”, escreveu Davi nos stories, acompanhado de um print da denúncia feita ao MP e vários emojis de risos.
Na imagem compartilhada por ele, a denúncia afirma que Davi estaria anunciando uma “suposta empresa” para captar recursos sem comprovação de estrutura, registro ou prestação de contas.
“Há suspeitas de que esteja utilizando sua influência digital para arrecadar fundos de forma irregular, sem registro em órgãos de fiscalização social”, diz o texto da representação.
Não é a primeira vez que o nome de Davi se vê ligado a pedidos de doação polêmicos. Em 2024, o ex-motorista de aplicativo lançou a campanha "Prato na mesa do povo", que pedia contribuições a partir de R$ 1 com a promessa de distribuir cestas básicas. Ele também foi criticado ao pedir dinheiro em sua conta pessoal para ajudar vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul. Parte da verba, segundo ele, cobriria sua própria viagem até o estado.
Agora, com "Ação na rua", o baiano afirma ser apenas o “garoto-propaganda” da iniciativa. Mas a denúncia encaminhada ao MP-BA pede que seja apurada a existência jurídica da empresa, a legalidade da arrecadação e o destino exato dos recursos recebidos por PIX. O temor é que a comoção social e o apelo emocional estejam sendo usados como cortina de fumaça para desvio de verba, lavagem de dinheiro ou mesmo fraude financeira.
Sebastião
Sexta-Feira, 11 de Julho de 2025, 16h01