Economia Sábado, 06 de Abril de 2024, 11h:40 | Atualizado:

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17 NO TOTAL

Lista de trabalho escravo em MT tem advogada e ganhador da Mega-Sena

Ministério aponta que 64 trabalhadores foram resgatados em Mato Grosso

DIEGO FREDERICI
Da Redação

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trabalho escravo

 

O Ministério do Trabalho e Previdência Social publicou nesta sexta-feira (5) a atualização de empresários que empregaram trabalhadores submetidos à condições análogas à da escravidão. Ao todo, 17 empregadores, com empreendimentos no Estado, constam da lista desde o ano de 2019. Na publicação desta sexta, porém, há 4 empresários “estreando” no rol dos que usam mão de obra escrava em Mato Grosso, segundo o Ministério do Trabalho.

Um dos “novatos” é Fábio Cézar Barros Leão, flagrado com 2 trabalhadores em situação análoga à da escravidão na Fazenda Oriente III, em Pedra Preta (242 Km de Cuiabá). Ele ficou famoso no Brasil depois de ter ganhado R$ 28 milhões na Mega-Sena, no ano de 2006, e posteriormente denunciar um plano macabro.

Ao conseguir ganhar o prêmio milionário, Fábio Cézar Barros Leão transferiu os recursos para o seu pai, pedindo que ele administrasse o dinheiro. O patriarca, no entanto, teria arquitetado um plano para matar o próprio filho, e ficar com o valor. Um acordo judicial entre eles encerrou a "disputa".

A lista do Ministério do Trabalho também revela que a advogada, ex-conselheira da Ordem dos Advogados do Brasil - seccional Mato Grosso (OAB-MT), e “blogueira”, Selma Pinto de Arruda Guimarães, mantinha um trabalhador em condições análogas à da escravidão. O flagrante foi realizado na Fazenda Água Boa, localizada no município de Juína (750 Km de Cuiabá).

Num de seus posts nas redes sociais, a advogada ensina: “Quais são os crimes julgados no Tribunal do Júri?”. Para a sorte da defensora, empregar mão de obra escrava não é competência do júri popular, segundo a legislação brasileira.

O levantamento também inclui um outro advogado, identificado como Tomaz Edilson Filice Chayb, que é do Estado de Goiás, mas foi flagrado com 3 trabalhadores em condições análogás à da escravidão na Fazenda Conquista, em Nova Xavantina (652 Km de Cuiabá).

Tomaz é outro “famoso” da “lista suja” de empregadores, e já foi alvo da operação “Tarja Preta”, do Ministério Público do Goiás (MPGO), que desbaratou uma suposta organização criminosa que superfaturava licitações de medicamentos e equipamentos hospitalares. Ele teve os direitos políticos suspensos em decisão do Poder Judiciário Goiano do mês de setembro de 2023.

Fechando o rol dos “debutantes” da lista de “empregadores do séc. XIX”, o Ministério revela que a RC Mineradora, de propriedade de Ricardo Lemes Camilo, continha em seu “quadro funcional” nada menos do que 10 pessoas submetidas a trabalho análogo ao dá escravidão. O estabelecimento possui um garimpo de ouro em Alta Floresta (800 Km de Cuiabá).

Desde o ano de 2019, o Ministério do Trabalho e Previdência Social aponta que 64 trabalhadores foram resgatados em Mato Grosso.





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Comentários (3)

  • Carol Shakti

    Sábado, 06 de Abril de 2024, 20h21
  • É bem Mato Grosso !!!
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  • Pedro II

    Sábado, 06 de Abril de 2024, 19h58
  • Joao José, é direito seu gostar de TNC, que seja no meio do mato, a época do Riveria já passou há muito tempo, era tempos do milicos, o trabalhador precisa de conforto seja alimentar ou para seu descanso.
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  • João José

    Sábado, 06 de Abril de 2024, 14h31
  • Quem trabalha no mato não tem o conforto da cidade, aí chega o MPMT (ministério público do trabalho) e fala que é trabalho escravo. TNC.
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