Economia Sexta-Feira, 18 de Julho de 2025, 21h:45 | Atualizado:

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PLEONEXIA

PF prende em Cuiabá líder de "golpistas do sol" que faturaram R$ 151 milhões

Grupo prometia lucro de 5% para investidores em energia solar

Da Redação

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A Polícia Federal prendeu, na última quinta-feira, um dos líderes da organização criminosa investigada na Operação Pleonexia, deflagrada em fevereiro de 2025. O homem estava foragido desde abril e teve sua prisão decretada pelo juízo da 2ª Vara Federal de Natal/RN. 

Segundo as apurações, o foragido teria se deslocado de Natal para o estado de Mato Grosso. O homem foi localizado e preso em Cuiabá.

Segundo a Polícia Federal, a operação desarticulou uma organização criminosa especializada em crimes contra o sistema financeiro nacional e lavagem de dinheiro. A empresa investigada, Alpha Energy Capital, que possui escritórios em Natal/RN e Barueri/SP, promovia a captação de recursos de investidores sob a promessa de rendimentos muito acima dos praticados no mercado, supostamente obtidos por meio da comercialização de créditos de energia solar.

O grupo atraía pessoas de diversas regiões do país, comprometendo-se a pagar um rendimento mensal entre 4% e 5% — o que se revelou insustentável e com fortes indícios de fraude. No portfólio dirigido aos potenciais investidores, a empresa divulgava a existência de 11 usinas de energia solar, com capacidade de geração de 1.266.720 kWh/mês.

No entanto, a investigação revelou a existência de apenas uma usina efetivamente conectada à rede da distribuidora de energia local, tendo gerado somente 28.325 kWh. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a empresa investigada não é titular de nenhum empreendimento de geração de energia regular e não tem pedido de outorga em tramitação em seu nome.

Pesquisa realizada perante a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) apontou que a empresa não figura no rol de associados da entidade, condição para negociar energia elétrica no Ambiente de Contratação Livre, conforme as normas setoriais. As investigações demonstraram que a maior parte dos valores captados era desviada para a aquisição de imóveis, veículos de alto padrão, joias e outros itens de luxo pelos investigados.

O montante ilícito movimentado ultrapassa R$ 151 milhões, com recursos provenientes de aproximadamente 6,3 mil pessoas, distribuídas em 732 municípios brasileiros. Diante das evidências, a Justiça determinou o bloqueio e o sequestro de cerca de R$ 244 milhões em bens dos envolvidos, visando ao ressarcimento das potenciais vítimas e ao pagamento de multas e custas processuais.

O termo “Pleonexia”, que nomeia a operação, tem origem grega e significa “ganância excessiva” ou “ambição desmedida”, evidenciando o objetivo do grupo de auferir vantagens financeiras ilícitas em prejuízo de milhares de investidores.





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Comentários (2)

  • APOLINARIO GENTIL USKNOV

    Sábado, 19 de Julho de 2025, 10h17
  • ENTRA ANO SAI ANO, ENTRA DECADAS SAI DECADAS AINDA TEM OTÁRIO QUE CAI NO GOLPE DO LUCRO FÁCIL DO BILHETE DE LOTERIA PREMIADO, DO BARATIM. ISSO TEM OCORRIDO DESDE A EPOCA QUE A TERRA GIRAVA AO CONTRARIO E A TERRA AI VIRAR NOVAMENTE E TROUXAS VÃO CONTINUAR A CAIR NA CONVERSA. ENTÃO COMO DIZ AQUELE DITADO: DIARIAMENTE LEVANTA VÁRIOS TROUXAS E SAEM PARA LEVAR TACA DE MALANDROS. É A VIDA!
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  • O patriarca

    Sexta-Feira, 18 de Julho de 2025, 22h11
  • Lembro como hoje quantas vezes vi o caminhão da Coca Cola parado ao lado do comercio desse que se diz fazendeiro. Só descia a mercadoria depois que ele pagasse a vista, senão tomava calote. Água e luz cortada do comércio dele era uma constante. Quantas vezes ele tinha que ligar uma mangueira na torneira de vizinhos para poder atender o comercio, pois estava com a agua cortada.e.agora fica aí fazendo firula puxando saco. As.coisas ficaram boas, disse ter até "ariscópto* Eh Brasil!!!
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