Economia Sexta-Feira, 18 de Julho de 2025, 15h:02 | Atualizado:

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OPERAÇÃO BARTER

TJ autoriza trading penhorar produção de soja de família do agro em MT

Magistrada alegou que grãos poderiam ser vendidos para terceiros

Da Redação

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As empresas Novo Solo Agronegócios LTDA, Malua Transportes, sob o controle da empresária Cristina Leandra Brum Tisott, em recuperação judicial de R$ 122 milhões foi autorizada pela Justiça a continuar sendo executada por uma credora que busca o cumprimento de uma Cédula de Produto Rural (CPR) vinculada a uma operação barter, modalidade em que o produtor recebe insumos e, em contrapartida, entrega parte da safra. A decisão é da Segunda Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), que afastou a proteção de recuperação judicial sobre os grãos de soja garantidores da dívida, entendendo que não se tratam de bens de capital ou essenciais à atividade da empresa devedora.

A execução havia sido suspensa em Primeira Instância com base na alegação de que os grãos de soja seriam essenciais para a continuidade das atividades da empresa rural. No entanto, o Tribunal reformou essa decisão.

Segundo a relatora, desembargadora Marilsen Andrade Addario, os produtos agrícolas, como soja e milho, “não podem ser enquadrados como bens de capital e muito menos como essenciais à atividade empresarial, portanto, não incidindo sobre eles a norma contida na parte final do § 3º do artigo 49 da Lei nº 11.101/2005”. A CPR executada tem liquidação física, ou seja, exige a entrega dos grãos, e foi firmada com base em uma operação de troca por insumos (barter).

Por isso, o Tribunal também reconheceu que o crédito é de natureza extraconcursal, não se submetendo aos efeitos da recuperação judicial. A relatora citou expressamente o artigo 11 da Lei nº 8.929/1994, com redação dada pela Lei nº 14.112/2020, que estabelece que “não se sujeitarão aos efeitos da recuperação judicial os créditos e as garantias cedulares vinculados à CPR com liquidação física, ou, ainda, representativa de operação de troca por insumos (barter).

Outro ponto levantado pela relatora foi o risco de que os grãos fossem vendidos a terceiros durante o curso da recuperação, o que poderia inviabilizar a execução e causar prejuízo à credora. “Caso os grãos objeto do título não sejam arrestados, estes, muito provavelmente, serão alienados a terceiros pelos recuperandos, em virtude da dinâmica desses bens”, destacou.





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Comentários (2)

  • Cesar Augusto Sandri

    Sábado, 19 de Julho de 2025, 16h24
  • Esses "agricultores" pilantras aprenderam com o Bolsonaro a darem golpe. Essa onda de RJ é um deles. O pior que isso prejudica nós agricultores honestos que vêm o crédito na praça sumir , devido a desconfiança dos bancos sobre todos.
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  • João Gomes

    Sábado, 19 de Julho de 2025, 08h44
  • Há tempos eu falo isto, que estes Bozonaristas Golpistas estão dando o "Golpe da Recuperação Judicial", ou seja, eles falsificam os balanços financeiros, escondem bens e dinheiro em nomes e contas de terceiros, e depois dizem que estão quebrados para não pagar os fornecedores.
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