Mundo Quinta-Feira, 24 de Abril de 2014, 13h:08 | Atualizado:

Quinta-Feira, 24 de Abril de 2014, 13h:08 | Atualizado:

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Israel suspende acordo de paz com a Palestina; EUA vão reconsiderar ajuda

 

UOL

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Israel anunciou nesta quinta-feira (24) que suspendeu as negociações de paz com a Palestina, após o acordo de reconciliação, assinado na quarta-feira (23), entre os grupos islâmicos Hamas, que governa a faixa da Gaza, e Fatah, que controla a Cisjordânia. As duas facções palestinas, que há sete anos atuavam como rivais, pretendem formar um governo nacional em cinco semanas e organizar novas eleições em até seis meses.

"O governo israelense não negociará com um governo apoiado pelo Hamas, uma organização terrorista que exige a destruição de Israel", indicaram os serviços do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu.

O governo dos Estados Unidos seguiu a mesma linha de Israel e também expressou seu desapontamento com o pacto de unidade.  A porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki afirmou que isso poderá dificultar os esforços de paz.

"É difícil esperar que Israel negocie com um governo que não aceita seu direito de existência", disse ela.

Os EUA consideram o Hamas um grupo terrorista com o qual não há a possibilidade de diálogo. A facção sempre foi contrária a reconhecer o Estado de Israel. Um alto funcionário do governo norte-americano disse, hoje, que os EUA ameaçam reconsiderar sua assistência aos palestinos, caso os grupos formem um governo conjunto. Do ponto de vista dos EUA, manter a ajuda a um governo palestino que inclua o Hamas significaria prestar assistência a um grupo qualificado como terrorista.

"Qualquer governo palestino deve inequívoca e explicitamente se comprometer com a não violência, o reconhecimento do Estado de Israel e a aceitação de acordos de paz e obrigações anteriores entre as partes", disse a fonte oficial dos EUA, citando termos que o Hamas tradicionalmente rejeita.

"Se um novo governo palestino for formado, vamos avaliá-lo com base na sua adesão às estipulações acima, suas políticas e ações, e vamos determinar quaisquer implicações para nossa assistência com base na lei dos EUA", disse a fonte, falando à Reuters sob anonimato.

Palestina

A Autoridade Nacional Palestina (ANP) afirmou que o futuro governo de unidade nacional, formado pela reconciliação entre Fatah, que tem apoio do Ocidente, e Hamas, seguirá a mesma linha do presidente palestino, Mahmoud Abbas. De acordo com um dos dirigentes da ANP, Jibril Rajoub, o novo governo terá como princípio a ideia de Abbas de dois Estados para dois povos.

A declaração de Rajoub, dada a uma rádio militar palestina, foi vista como uma mensagem para minimizar as preocupações com o futuro das negociações entre Israel e Palestina.





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