Opinião Segunda-Feira, 15 de Janeiro de 2018, 14h:35 | Atualizado:

Segunda-Feira, 15 de Janeiro de 2018, 14h:35 | Atualizado:

André Luiz Barriento

Eu odeio Educação Física

 

André Luiz Barriento

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Antes de qualquer coisa, se você sente isso, provavelmente a culpa não é sua. Eu nunca gostei de perder. Acho difícil encontrar alguém diferente nesse aspecto. Entretanto, sempre me mantive distante da competitividade exacerbada, acreditava na infância (e creio até hoje) que a amizade é mais valiosa do que a vitória.

Sempre fui péssimo no futebol. Sério, perna de pau era elogio. Até hoje me considero corintiano de cadastro, pois nem sem quem treina o time. Assisto somente a Copa do Mundo, e olhe lá. Imaginem um menino que não gosta de jogar bola. Os professores de educação física não estavam preparados para essa 'anomalia'. Os colegas de escola, também não.

A competição é apenas uma pequena parte do 'jogo'. Infelizmente na escola não era assim. Se você não for bom em determinado esporte ou pelo menos não atrapalhar o time, está dentro. Caso contrário, as aulas de educação física tornam-se um tormento. Com a péssima experiência na infância, muita gente ainda vê o exercício físico como um sofrimento que devemos fazer para conseguir outra coisa, como emagrecer ou poder comer sem culpa.

Atividade física é vida. O movimento melhora o corpo, ajuda a mente, traz o prazer de uma vida saudável. Mal consigo descrever como é incrível a sensação de superar os próprios limites, vencer desafios e cumprir metas a longo prazo. Essa educação poderia ser ensinada nas escolas. Esportes individuais como a corrida, natação e as artes marciais, por exemplo, podem transformar vidas.

Eu vivi muitos anos com esse pensamento, como alguém que odeia a Educação Física. Hoje, vivo uma nova realidade, proporcionada inicialmente pelo Karatê e principalmente pela corrida de rua. Estou longe (e nem tenho a intenção) de ser um atleta profissional. Entendo melhor a classificação de atleta amador, pois é justamente esse sentimento que nos move para os treinos e eventos.

Se você ainda odeia a educação física, experimente outros esportes e encontre uma galera legal. Correr, pedalar, nadar, malhar ou mesmo jogar bola pode ser o que falta na sua vida. Entretanto, precisa ser algo regular, constante. Mais do que queimar gordura, você vai ganhar alegria de viver, disposição, resiliência e coragem. Tudo aquilo que talvez você esteja mais precisando nesse início de ano.

André Luiz Barriento é jornalista, mestre em Estudos de Cultura Contemporânea, blogueiro em @corredoressemnome e graduando em Educação Física.

 





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Comentários (2)

  • Claiton

    Segunda-Feira, 15 de Janeiro de 2018, 16h59
  • Barriento. Como sempre sábio nas palavras. Dá-lhe CSN
    3
    0



  • Jean

    Segunda-Feira, 15 de Janeiro de 2018, 14h48
  • Esse é o meu guri! Oss!!
    4
    0











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