Opinião Sábado, 13 de Junho de 2015, 10h:25 | Atualizado:

Sábado, 13 de Junho de 2015, 10h:25 | Atualizado:

João Edisom

Não reaja, o bandido tem razão

 

João Edisom

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A onda de violência se espalha pelo Brasil e a apologia à violência e ao bandido crescem na mesma proporção. 

Parece que o cidadão normal está perdendo mais que espaço; hoje o cidadão honesto é escravo da bandidagem e das leis que os protegem.

Enquanto quem trabalha para sustentar este país está preso em casa, está explorado pelo governo e sendo amedrontado e aterrorizado no seu dia a dia, o que vemos é apologia àqueles que usurpam a nação e matam seus filhos.

Das formas mais brandas até as que ceifam vidas já parecem ser normais, uma vez que estão integradas na cultura das convivências. 

Convivemos com bandidos, logo somos obrigados a suportá-los e ter cuidados para não machucá-los, pois os únicos que tem o poder de controlar não o fazem e ainda aumentam em outras formas de violência, através da corrupção, do abuso de autoridade, de privilégios e de suas publicidades eleitorais mentirosas. 

A publicidade que se dá a violência é inacreditável! Não falta gente especializada para dar instruções em todos os meios de comunicação e dizer como o cidadão deve proceder para não se ferir ou morrer durante uma abordagem de um bandido. 

Minha pergunta é: se o bandido ouve isso (e ouve), não é um incentivo a sua infortúnia arrogância e coragem? Dizer todos os dias para não reagir ajuda a diminuir o número de vítimas ou reforça o modus operandi para o ladrão atacar?

Não que penso que alguém deva reagir, pois quem tem que reagir é o Estado, mas falar isso todos os dias de forma tão contundente ajuda em alguma coisa? 

A sociedade em geral reagia antes de ficarem falando isso tão intensamente? Por que tanta propaganda a favor do ladrão? É incompetência do Estado ou camaradagem?

Ladrão tem tanto privilégio no Brasil que é a única categoria que tem programas exclusivos de rádio e TVs para eles em praticamente todas as cidades brasileiras. 

Nenhum trabalhador ou empreendedor tem esse privilégio junto aos meios de comunicação que são concessões públicas. Estes programas servem para quem?

Cidadão comum não pode ter arma, nem andar armado. Concordo. Mas por que tem tanto bandido armado? Por que eles têm estes privilégios? Contrabando é crime, mas por que só pegam contrabando de brinquedo e bugiganga dos camelôs? Como estas armas entram no Brasil? 

Este país é incompetente para dar segurança a quem paga imposto e ainda os proíbe de se defenderem. Isto está correto?

Jean Paul Sartre já afirmava que “a violência, seja qual for a maneira como ela se manifesta, é sempre uma derrota”. 

Por isso, já estamos derrotados; o país não defende os seus e nem deixa que eles se defendam. 

Sou contra o armamento, mas sou mais contra ainda a apologia e os privilégios feito a favor dos bandidos. 

JOÃO EDISOM DE SOUZA é cientista político em Cuiabá.

 





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Comentários (6)

  • Jo?o V?tor

    Terça-Feira, 16 de Junho de 2015, 08h06
  • Que texto raso. Ainda se diz "cientista". Só pra constar: as armas utilizadas por bandidinhos são, em grande parte, produzidas no Brasil. Bandido não tem "privilégio" de andar armado. Eles só "não ligam" para a lei. Segundo relatório do DEPEN de 2013, dentre os 574 mil presos, 32 mil estão lá em consequência de crimes por porte/venda de armas. Vai se informar.
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  • z?

    Segunda-Feira, 15 de Junho de 2015, 21h27
  • Vamos votar no PT para a situação melhorar!
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  • Externando Indgna??o

    Segunda-Feira, 15 de Junho de 2015, 15h22
  • Vejamos como se dá a prática da cultura da violência na nosso dia a dia, podemos pegar como exemplo a grande "paixão brasileira" "o futebol" um esporte assistido e cultuado por uma grande parcela dos brasileiros. Um jogador quando é bom de bola ele é um Crack, Matador, Artilheiro. Notemos quantas expressões de violência esta incorporada num esporte inofensivo e com classificação livre para as crianças: Tiro de canto, tiro de meta, tiro livre direto, soltou uma bomba no goleiro, matou o zagueiro com um drible, matou a pal... Enfim existem várias outras palavras que são expressas numa narração de jogo e no cotidiano das pessoas, e de forma meio abrangente não nos damos conta das consequências de cada ressonância desta expressões principalmente na cabeça de uma criança ou de um jovem. Parabéns ao João Edson por trazer estas reflexões, ta na hora da mídia repensar suas ocupações.
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  • Severo

    Segunda-Feira, 15 de Junho de 2015, 13h05
  • Parabéns João Edson, mas fico pensando: será que a autoridade do setor, especialmente do Governo Federal que é o cabeça, vai se preocupar em ler, adotar, reportagem e sentido tão verdadeiro e foco tão necessário ao povo brasileiro contribuinte?
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  • [email protected]

    Domingo, 14 de Junho de 2015, 13h46
  • paz se combate com paz,não com guerra
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  • C?ssia

    Sábado, 13 de Junho de 2015, 22h40
  • Pra que termos armas se já houve o fato do comerciante que se precaveu comprando uma arma, atirou contra o bandido. E o delegado o prendeu pois não coube legitima defesa ao ver do agente. O comerciante "friamente" "arquitetou e planejou" o assassinato. Em um lugar onde o bandido é o oprimido do consumismo não opressor, esperar o que.
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