Polícia Sexta-Feira, 05 de Abril de 2024, 18h:20 | Atualizado:

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AMIGOS DO W.T

Desempregados ostentavam com casa no Manso, carrões de luxo e apartamentos

Eles foram alvos da Operação Apito final

Da Redação

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apito final, paulo witer

 

Diversos alvos da Operação Apito Final, deflagrada pela Polícia Civil nesta semana contra criminos integrantes da facção Comando Vermelho (CV), que não possuem registros de vínculos empregatícios ativos, movimentaram milhões de reais com a compra de veículos de luxo, de uma casa no Lago do Manso, em Chapada dos Guimarães (67 km de Cuiabá e apartamentos na Capital. 

O patrimônio incompatível com a renda dos investigados, que pertencem a uma facção criminosa, chamou a atenção da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO). O principal alvo da operação é Paulo Witer Farias Paelo, o WT, que ocupava a função de tesoureiro dentro da facção e foi preso em Maceió (AL) quando participava de um torneio de futebol. As investigações apontam que os envolvidos no esquema movimentaram pelo menos R$ 65,9 milhões.

Conforme as investigações, mesmo sem ter renda lícita, os investigados compraram duas BMW X5, um Volvo CX 60, uma Toyota Hilux, duas VW Amarok, um Jeep Commander, um Mitsubishi Eclipse e um Pajero, além de diversos Toyota Corolla.

De acordo com o delegado Rafael Scatolon, que liderou as investigações, os investigados utilizavam transações de compra e venda de bens como “modus operandi”, com objetivo de dissimular e ocultar a origem ilícita dos valores oriundos do tráfico de drogas. 

“A lavagem de dinheiro desse grupo consistia na aquisição de bens móveis e imóveis em nomes de laranjas que não possuem lastro financeiro para as aquisições. Posteriormente, esses bens eram revendidos, convertendo dinheiro ilícito em ativos lícitos, ou seja, eles usavam o dinheiro do tráfico para comprar os bens, revendiam e, assim, davam uma origem lícita a esses valores que vieram do tráfico”, explicou. 

As investigações apontaram que o esquema envolvia uma grande rede de associados ao principal alvo da operação, Paulo Witer Farias Paelo, o WT.  Conforme a apuração, os veículos relacionados a WT ultrapassariam “facilmente” o valor de R$ 2 milhões. Entre os carros identificados com Paulo Witer estão uma BMW X5, um Volvo CX60, uma Toyota SW4, um Kia Sportage, um Caoa Chery Tiggo, um Ford Territory e um Mitsubishi Eclipse.

Os investigadores apontaram que os veículos foram registrados em nome de terceiros, “laranjas”, que sequer tinham patrimônio para justificar a compra dos bens. Chamou a atenção, por exemplo, que a BMW X5 com a qual Paulo foi flagrado poucos dias após deixar a Penitenciária Central do Estado, em dezembro de 2023, foi comprada em nome de uma jovem de 21 anos que não possui nenhum vínculo empregatício. A jovem teria sido usada pelo pai de sua filha, que seria amigo de um dos investigados na operação. 

Segundo as investigações, Andrew Nickolas Marques dos Santos, homem de confiança de WT, também não tem registro de vínculo empregatício e, mesmo assim, registrou mais de R$ 1 milhão em veículos. Com ele foram identificados outra BMW X5, o Volvo CX 60 de WT, e uma VW Amarok. 

Um Jeep Commander foi localizado com Thassiana Cristina de Oliveira Arruda, esposa de Cleyton Cesar Ferreira de Arruda, membro da organização criminosa. Também sem emprego formal, Thassiana usava as contas de um filho menor de idade para a movimentação do dinheiro ilícito e foi a intermediadora da compra de um apartamento de mais de R$ 950 mil para WT e a esposa. Com o marido dela a GCCO localizou uma Toyota SW4.

Cristiane Patrícia Rosa Prins, esposa de WT, também foi localizada com diversos veículos, mesmo sem ter condições para adquiri-los, dentre eles um Fiat Toro, um Honda Civic e um Mitsubishi Eclipse, listado entre os bens de Paulo Witer.

Diversos veículos Toyota Corolla, envolvidos em transações suspeitas, também foram identificados na operação. Conforme as investigações, os criminosos utilizavam falsas “garagens”, montadas por comparsas de WT, para maquiar o esquema envolvendo a transação de automóveis. De acordo com a apuração, no período de um ano, apenas em compra e venda de 43 veículos, o grupo criminoso teria movimentado cerca de R$ 8 milhões.

A compra de imóveis para lavagem do dinheiro oriundo do tráfico de drogas também foi identificada durante as investigações. Conforme a Polícia Civil, WT teria adquirido, via terceiros, uma casa no Manso, na região de Chapada dos Guimarães. O imóvel chamou atenção após o irmão de WT, Fagner Farias Paelo, vendê-lo por um valor muito aquém do que valia. 

Também foi identificado que WT teria adquirido uma casa no condomínio Primor das Torres, em Cuiabá, em nome do advogado do grupo criminoso, Jonas Candido da Silva. 

WT ainda seria proprietário de kitnets no bairro Três Barras, apartamentos no Parque das Nações Indígenas e um apartamento no Bairro Terra Nova, além de um apartamento em um prédio de luxo no bairro Duque de Caxias, adquirido pela esposa, Cristiane, e uma chácara na zona rural de Rosário Oeste, todos adquiridos em nome de laranjas, os quais, em sua maioria, não têm comprovação de renda.

“Os bens do investigado estão em nome de diversas pessoas que figuram como laranja no esquema do WT. São pessoas que sequer possuem lastro financeiro para adquirir qualquer imóvel ou veículo. Então, percebe-se uma grande artimanha elaborada pelos criminosos para tentar ocultar a verdadeira propriedade dos bens”, destacou o delegado Rafael Scatolon. 

Operação Apito Final

Deflagrada na última terça-feira (2), a operação Apito Final é resultado de dois anos de investigação da Gerência de Combate ao Crime Organizado, da Polícia Civil, com objetivo de desarticular um esquema de lavagem de dinheiro criado por integrantes de uma organização criminosa, em Cuiabá.

Conduzidas pelos delegados Gustavo Belão, Rafael Scatolon e Frederico Murta, as investigações apontaram que, após deixar a prisão pela primeira vez, em outubro de 2021, Paulo Witer, que já integrava uma facção criminosa, se tornou tesoureiro do grupo e passou a movimentar cifra milionária, por meio de diversos esquemas de compra e venda de imóveis e veículos.





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Comentários (7)

  • Ione

    Domingo, 07 de Abril de 2024, 21h26
  • Desempregados? Vamos fazer uma correção aí, são bandidos, traficadas drogas etc...É isso que dá, quando há ausência do Estado, o crime reverbera.
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  • Tonhao bocadura

    Sábado, 06 de Abril de 2024, 19h56
  • Agora, se o governo federal q liberar uso de drogas, como q podem culpar quem lucra com vícios dos que possuem esse grande problema em sua vida! Esses órgão de controle financeiros são engraçadíssimo e até cômicos, se derem um "CRUZADA" ou fizeram a SIMPLES EVOLUÇÃO PATRIMONIAL, de apenas aos q são da sua alçada ( políticos , quem ocupa os maiores cargos públicos)..Irão focar abismados com q encontraram... Agora ficam atrás de quem lida com vício alheio... E o dinheiro público tá bek obrigado
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  • Eduardo

    Sábado, 06 de Abril de 2024, 16h57
  • Mau Mau, pega no ....
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  • Véio de VG

    Sábado, 06 de Abril de 2024, 10h45
  • Desempregado é quem vive honestamente e luta pra sobreviver atrás de um emprego. Esses aí são DESOCUPADOS, não querem trabalhar, gostam de ostentar e vivem do crime.
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  • maumau

    Sábado, 06 de Abril de 2024, 08h39
  • e OS BOLSONARISTAS: - Mas agora é crime ter carro de luxo!! Maldito comunismo!
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  • Alguém me responda

    Sábado, 06 de Abril de 2024, 06h46
  • Me digam que bairro não tem uma distribuidora / lava a jato / barbearia que é lavagem de dinheiro de facção?? Isso quando não é o famoso combo " lava jato + barbearia ".. essas facções tem revelado verdadeiros gênios do empreendedorismo kkkkkkkkkk
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  • Estado sem organização

    Sexta-Feira, 05 de Abril de 2024, 21h23
  • Primeiro, cade o Coaf que não viu essa movimentação? Segundo, os soldados idiotas desses chefes se matando, cometendo homicídios, sendo presos por tráfico, morrendo novos, etc, e os chefes vivendo como reis. Acorda idiotas. Esses vermes tem que apodrecerem na cadeia. Espero que esses veios salgados dos tribunais não soltem esses criminosos inimigos da sociedade.
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