Polícia Sexta-Feira, 12 de Abril de 2024, 10h:41 | Atualizado:

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APITO FINAL

Justiça decreta prisão de tesoureiro do CV e revoga semiaberto

Cinco presos serão recambiados para Cuiabá

Da Redação

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apito final, Paulo Witer - WT

 

O tesoureiro da facção criminosa Comando Vermelho (CV), Paulo Witer Farias Paelo, o WT, de 37 anos, investigado pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) por lavar dinheiro do tráfico, alvo principal da Operação Apito Final, teve a regressão de regime determinada pela Justiça em relação aos processos que responde por roubo qualificado e organização criminosa. Em dezembro passado, ele foi colocado em regime semiaberto, com uso de tornozeleira eletrônica, após cumprir 15 anos, de um total de 51 anos de penas impostas em diversos processos na justiça estadual.

Contudo, Paulo Witer Farias Paelo descumpriu a medida cautelar de monitoramento e o juízo da 2ª Vara de Execução Penal da Comarca de Cuiabá determinou a regressão do regime semiaberto para o fechado e decretou um novo mandado de prisão contra o criminoso, que foi cumprido na quarta-feira (10) com apoio da Diretoria de Inteligência da Polícia Civil alagoana no presídio onde ele está detido, em Maceió.

Paulo Witer Farias e os comparsas, entre eles seu advogado Jonas Cândido da Silva, tiveram as prisões preventivas decretadas no bojo da investigação da Operação Apito Final, da GCCO, que apura um esquema de lavagem de dinheiro do tráfico de drogas fomentado, especialmente, na região do Jardim Florianópolis. Os cinco investigados foram presos na cidade de Maceió, onde estavam para acompanhar um jogo de futebol de um time amador criado por Witer para dissimular a lavagem de capitais da facção criminosa.

Os cinco estão presos no Presídio de Segurança Máxima da capital de Alagoas. Também nesta semana, o juiz do Núcleo de Inquéritos Policiais de Cuiabá, Jorge Alexandre Martins Ferreira, determinou ao Sistema Penitenciário de Mato Grosso que providencie o recambiamento dos cinco presos para o estado de origem. Ainda não há data para a transferências dos investigados.

Histórico criminal

Paulo Witer, de 37 anos, foi condenado a 51 anos e sete meses de prisão em regime fechado, após unificação de condenações em diversos processos criminais em comarcas de Mato Grosso. Desse total, ele cumpriu 15 anos e 11 meses e teve a progressão para o regime semiaberto autorizada pela justiça, com monitoramento eletrônico, em dezembro de 2023. Contudo, ele voltou mais uma vez a reincidir criminalmente, inclusive, burlando as medidas cautelares do regime semiaberto.

Ele responde a processos por roubo qualificado, furto qualificado, posse irregular de arma de fogo e nas Comarcas de Tangará da Serra, Cuiabá, Várzea Grande e Rio Branco. Ainda na comarca da capital responde também a ação penal, de 2018 pela 7a Vara Criminal, por integrar organização criminosa e lavagem de dinheiro, crimes pelos quais foi condenado a 14 anos de reclusão.

Operação Apito Final

Em uma investigação que durou quase 2 anos, a GCCO apurou centenas de informações e análises financeiras que possibilitaram comprovar o esquema liderado por Paulo Witer para lavar o dinheiro obtido com o tráfico de drogas. Para isso, ele usou comparsas, familiares e testas de ferro na aquisição de bens móveis e imóveis para movimentar o capital ilícito e dar aparência legal às ações criminosas.

A operação foi deflagrada no dia 02 de abril, com a finalidade de descapitalizar a organização criminosa e cumpir 54 ordens judiciais que resultaram na prisão de 20 alvos, entre eles o líder do grupo, identificado como tesoureiro da facção, além de responsável pelo tráfico de entorpecentes na região do Jardim Florianópolis, onde ele montou uma base para difundir e promover a facção criminosa agindo também com assistencialismo por meio da doação de cestas básicas a eventos esportivos.

A investigação da Gerência de Combate ao Crime Organizado apurou que o esquema movimentou R$ 65 milhões na aquisição de imóveis e veículos. As transações incluíram ainda criação de times de futebol amador e a construção de um espaço esportivo, estratégias utilizadas pelo grupo para a lavagem de capitais e dissimulação do capital ilícito.





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Comentários (2)

  • Hobbes

    Sexta-Feira, 12 de Abril de 2024, 16h21
  • Eu gostaria de parabenizar o judiciário de Mato Grosso pelo belíssimo trabalho em prol de nada, um verdadeiro show de ineficiência e deserviço à sociedade desse Estado. Vivemos em estado de medo, tamanha é a violência nas ruas, e muito disso devemos a nossa justiça. Estamos todos acompanhando, todos os dias, traficantes e assassinos sendo despejados nas ruas, com essa falácia que é tornozeleira eletrônica, fazendo o que bem querem, intimidando as pessoas e cometendo crimes, traficantes sendo soltos com quase meia tonelada de droga e líderes de facções postos em liberdade, como se fosse a coisa mais normal do mundo. Eu não sei se isso tudo é arquitetado para colocar a sociedade refém do crime e do medo, se por simpatia ou empatia com o criminoso ou se por pura ineficiência mesmo, mas já deu, estamos no limite. Basta!
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  • César

    Sexta-Feira, 12 de Abril de 2024, 11h42
  • Acaso tá promovendo fulano? Tudo dia tem matéria relacionada a tal.
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