Dois suspeitos investigados da execução do major PM Claudemir Gasparetto, de 52, no dia 18 de fevereiro, em Várzea Grande, foram ouvidos na manhã de ontem na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa. São dois rapazes presos uma semana depois do crime no Jardim Florianópolis, acusados de portar munição de diversos calibres. Eles foram apontados por um adolescente como participantes do assassinato cujas investigações não definem se foi um latrocínio ou crime de execução.
Embora as chances dos dois terem participado sejam remotas, o que chamou a atenção foi o furto de uma pistola ponto 40 roubada duas semanas antes do assassinato de um policial civil no bairro Altos da Glória, que teve sua casa arrombada pelo telhado e onde os bandidos fizeram uma verdadeira “limpeza”.
“Estamos rastreando para saber onde essa arma foi parar porque fazer a balística dela será importante para esclarecer o crime”, destacou a delegada Sílvia Pauluzi. Ela acrescentou que no assassinato foram usadas armas de calibres diferentes – 9mm e ponto 40.
Conforme a delegada, as provas técnicas também estão sendo levadas em consideração. As impressões digitais da picape Ecosport vermelha encontrada abandonada em um matagal de Várzea Grande foram coletadas para se poder saber quem estava ao volante.
A picape seria a mesma roubada na madrugada anterior durante um assalto a uma residência no bairro Porto, onde os bandidos chegaram a usar uma alavanca para abrir a porta de frente.
“As investigações estão caminhando, tudo o que é relevante em termos de denúncias e informações é repassado às equipes. Dependemos também dos laudos”, assinalou.
Na versão do adolescente – que em alguns momentos perde a lucidez -, três dos quatro autores do assassinato são do Bairro Novo Terceiro e já tinham a intenção de roubar o carro do major uma vez que ele sempre passava pelo bairro e eles sabiam o horário dele sair e chegar em casa. O garoto aponta também um rapaz conhecido como “Careca”, também participou do crime. Foram usados dois revólveres e uma pistola ponto 40.
O adolescente acrescentou que na tentativa de assalto, os bandidos reconheceram que o dono do carro era um policial e, por isso, atiraram.
A Ecosport foi vista minutos antes, estacionada numa esquina próxima. Foi só o major ligar o carro e dar ré até a calçada que a Ecosport se aproximou e fechou por trás impedindo que a vítima fugisse. Em seguida, três dos quatro ocupantes do carro desceram e foram atirando contra Gasparoto. Três dos quatro tiros foram fatais – somente o tiro no braço é que não provocaria o óbito.
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