Quatro homens da mesma família foram raptados por criminosos, no último dia 02, no bairro Jardim Renascer, em Cuiabá. Eles teriam sido colocados à força em três carros.
A polícia descartou a hipótese de sequestro porque até o momento os criminosos não entraram em contato pedindo resgate. O delegado Roberto Amorim explicou que o caso chegou esta semana para o Núcleo de Pessoas Desaparecidas (NPD). “A princípio, seria um sequestro, mas não pediram resgate nem nada do tipo. O que temos ciência é de que três veículos chegaram na casa deles, bateram e levaram os quatros”.
As vítimas foram identificadas como: Clemilton Barros Paixão, 20 anos; Tiago Araujo, 32 anos; Paulo Weverton Abreu da Costa, 23 anos e Geraldo Rodrigues da Silva, 20 anos. Eles são da mesma família e dois deles seriam irmãos.
Conforme o delegado, um deles morava em Chapadão do Céu (GO), outros dois no Maranhão e um já estava em Cuiabá há algum tempo. “Ontem começamos a ouvir a irmão deles, que mora em uma casa perto. Ela nos contou sobre o rapto, dizendo que viu três carros, mas não soube precisar a marca ou modelo”.
O homem de Chapadão do Céu teria sido responsável por matar um homem, em uma discussão de bar. Porém, ele já teria cumprido a pena e não devia mais nada para a Justiça. “Por enquanto, estamos trabalhando com o desaparecimento em si, mas não descartamos que seja alguma ação do Comando Vermelho, de seu chamado ‘Tribunal do Crime’. Ainda é muito cedo, porque iniciamos a investigação agora. Nossos policiais estão levantando informações e também imagens das câmeras de segurança da região”, pontuou o delegado.
O responsável pelo caso ainda acrescenta que “eles gostavam muito de tomar cerveja, conversavam muito em um barzinho, podem ter dito alguma coisa que desagradou o Comando Vermelho”. Ainda conforme o depoimento da irmã, os rapazes vieram para Cuiabá em busca de um trabalho melhor. “Pedimos às pessoas que tenham qualquer informação que liguem no 197 ou diretamente no Núcleo de Pessoas Desaparecidas para que possamos desvendar o mais rápido possível este caso”.
O caso está sendo investigado pelo Núcleo de Pessoas Desaparecidas (NPD), da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).