O rapaz de 26 anos, suspeito de tentar explodir uma parte do muro da Penitenciária Central do Estado (PCE), na madrugada desta sexta-feira (25) em Cuiabá, tinha saído da própria unidade há 10 dias, de acordo com dados da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos de Mato Grosso (Sejudh-MT). Ele foi abordado por policiais militares que receberam a denúncia de um grupo tentaria explodir o muro e resgatar um detento.
Com ele foram apreendidas três armas, 20 quilos de explosivo líquido, cordas e outros materiais, além de diversas munições. Aos policiais, ele confessou que pretendiam explodir o muro da PCE.
Por segurança dos detentos, a Sejudh informou que decidiu suspender as visitas de familiares dos presos até o final da tarde desta sexta-feira. Agentes penitenciários começaram a vistoriar as celas da penitenciária para tentar localizar algum objeto ou possível túnel feito pelos presos. Os detentos também serão interrogados para descobrir a relação entre a quadrilha e algum preso.
Abordagem
Após receber uma denúncia, a PM suspeitou de quatro veículos que chegaram em um posto de combustível, às margens da BR-364, por volta de 4h. Quando viram os policiais, três desses carros fugiram, enquanto duas pessoas do quarto veículo começaram a disparar contra a PM. Um dos suspeitos fugiu e o outro foi preso. O jovem foi levado para a Central de Flagrantes do Bairro Planalto.
Segundo a assessoria da Polícia Civil, o suspeito continua na delegacia e ainda deve ser ouvido oficialmente. Conforme a Sejudh, ele saiu da unidade no dia 15 de abril, onde cumpria pena por receptação.
Em 20 de agosto de 2012, um grupo de 35 presos escapou da PCE ao explodir um dos muros da unidade. Eles serraram a grade da cela 10, do raio 3, e contaram com ajuda externa: câmeras de segurança flagraram um veículo transitando na lateral do presídio, provavelmente usado por pessoas que instalaram cerca de 25 quilos de explosivos. Segundo a Polícia, pelo menos 15 carros e três motocicletas foram fornecidas para auxiliar a fuga.
Posteriormente a polícia descobriu que o plano de fuga foi arquitetado ao longo de oito meses e custou cerca de R$ 500 mil – valor que teria sido pago por um dos principais ladrões de banco do país.