O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, pediu informações à 3ª Vara de Juína (750 Km de Cuiabá), que acompanha o cumprimento das medidas cautelares diversas da prisão de Antonio Valdenir Caliare. Além de advogado, ele é um dos “vândalos” que depredaram a Praça dos Três Poderes em Brasília (DF), no dia 8 de janeiro de 2023, e é suspeito de descumprir o uso de tornozeleira eletrônica em 102 oportunidades.

Antonio chegou a ser preso pelos ataques aos Poderes no Distrito Federal, mas foi beneficiado com medidas cautelares diversas da prisão em fevereiro de 2023. No mês de novembro deste ano, a 3ª Vara de Juína enviou um relatório ao Supremo, informando o descumprimento do uso de tornozeleira do advogado em mais de 10 vezes - seja por bateria descarregada, sinal de GPS e também a área física da qual Antonio não poderia ultrapassar.

O advogado justificou as transgressões alegando que o sinal do GPS em Juína, cidade do extremo norte de Mato Grosso, era “fraco”. Antes de tomar uma decisão sobre o caso, o ministro Alexandre de Moraes solicitou informações à 3ª Vara de Juína. Caso as justificativas não sejam aceitas, Antonio poderá voltar à prisão.

Em Mato Grosso, o STF já condenou uma mulher a 14 anos de prisão pela participação nos ataques. Uma decisão judicial já determinou que ela realizasse um “exame psiquiátrico urgente”.

Outro “viciado” no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), morador do Jardim Renascer, em Cuiabá, também foi condenado pelo STF ao pagamento de R$ 5 milhões pelos prejuízos à Praça dos Três Poderes.