Deputado diz ser partidário, mas avisa que deseja apoiar Botelho em Cuiabá

 

Após ter a orelha puxada pelo presidente estadual do PSD em Mato Grosso e ministro da Agriculturam Carlos Fávaro (PSD) por não seguir a orientação do partido em apoiar a candidatura da Federação formada pelos PV, PT, e PCdoB, o deputado estadual Wilson Santos (PSD) declarou ser partidário, mas pontuou que Cuiabá deve ter uma eleição em dois turnos. Ele já deixou a entender que pode apoiar presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), Eduardo Botelho (UB), no segundo turno caso o candidato da Federação não esteja mais no pleito.

No começo do mês, Fávaro alfinetou correligionários do partido por não seguirem a orientação dada por ele em apoiar o candidato da Federação e apoiarem o nome do União Brasil, deputado Eduardo Botelho, à Prefeitura de Cuiabá. Para Fávaro, a senadora Margareth Buzetti não tem opinião própria, o deputado Nininho é "inexpressivo" em Cuiabá e o "amigo" Wilson Santos poderia se retirar da sigla se achar necessário.

Em entrevista ao Jornal de Meio Dia, da TV Vila Real, nesta segunda-feira (18), Wilson declarou que possui fidelidade partidária e que não deseja sair da sigla. "A política tem vários caminhos. Eu não sou o candidato neste ano. Sou disciplinado, vou seguir a orientação do meu partido, não vou deixar o PSD e não tenho interesse em buscar essa carta. Longe disso", enfatizou.

O legislador declarou que em abril possui uma agenda com o ministro e irá conversar sobre o assunto com ele. Wilson lembrou que está na presidência do PSD municipal da capital e que trabalhou para a vinda do deputado Botelho, algo que acabou não acontecendo.

Em seguida, enfatizou que as eleições em Cuiabá possuem dois turnos, o que pode contribuir para que no segundo, ele apoie o colega de parlamento Eduardo Botelho. "Aqui nós temos dois turnos também, não é como Várzea Grande, como Rondonópolis, que é a eleição de um turno só. Agora, eu não tenho interesse nenhum em sair do PSD. Quando eu precisei do PSD, o ministro Fávaro abriu as portas, me recebeu, fez toda uma pacificação interna. Eu quero uma eleição de dois turnos. Eu quero conversar com ele, com a direção estadual, e nós vamos ter uma posição mais clara", concluiu.